Razões para votar no domingo

O poder do Parlamento Europeu não é estático; o PE já foi ganhando alguns poderes ao longo dos anos e pode ganhar mais numa União em expansão e com necessidade de reforma do seu processo de decisão.

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O facto de muitas pessoas considerarem que as eleições para o Parlamento Europeu têm consequências secundárias nas suas vidas é um convite a não votar ou a votar tendo em vista a política interna. Esta tentação é, não raras vezes, fomentada pela própria classe política. Ainda esta semana, o ministro Paulo Rangel – ironicamente, um europeísta convicto, eurodeputado desde 2009 até há três meses e cabeça de lista do PSD em 2019 – convidou o eleitorado a punir o PS e o Chega nas europeias devido à cozinha interna em torno de uma alteração ao IRS que reduz a coleta em menos de meio milhão de euros. Não sabemos exatamente quanto, porque a UTAO disse que não tinha meios para estimar o impacto das medidas fiscais que tão afoitamente os deputados e deputadas discutiram esta semana, sem saber exatamente em que consistiam. Adiante. Por muito irrelevante que seja o Parlamento Europeu – algo em que eu não acredito e Paulo Rangel também não – vale sempre mais do que estes amendoins nas nossas vidas.

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