Lamego: pelo menos cinco mortos em explosão em fábrica de pirotecnia
Responsável da Protecção Civil de Lamego admite a existência de mais vítimas mortais, porque há entre três e quatro pessoas desaparecidas.
Uma fábrica de pirotecnia explodiu esta terça-feira na freguesia de Avões, Lamego, provocando a morte de pelo menos cinco pessoas, confirmou o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, revelando que há ainda três desaparecidos. Os trabalhos das equipas de emergência serão interrompidos durante a noite sendo retomados às 8 da manhã.
O secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, chegou ao local do incidente por volta das 22h45 em representação do Governo. Depois de se encontrar com as equipas de emergência, o governante confirmou os cinco mortos, que ainda não foram identificados, e as três pessoas que continuam desaparecidas. Além disso, Gomes informou que os trabalhos serão interrompidos durante a noite, devido às dificuldades de acesso ao local, sendo retomados às 8 da manhã. Esta quarta-feira vai ser realizada uma comunicação à imprensa às 10h30 para novas actualizações.
A Lusa dá conta, citando fonte da Câmara local, de que o proprietário da fábrica de pirotecnia está entre as cinco vítimas já confirmadas neste acidente. A mesma fonte da Câmara de Lamego disse que a filha do proprietário é outra das vítimas, acrescentando que a esperança de encontrar com vida as pessoas ainda desaparecidas "é muito diminuta". Os cinco mortos têm entre 22 e 52 anos.
Entretanto, o presidente da Câmara de Lamego, Francisco Lopes, considerou, em declarações à Lusa, uma "enorme tragédia" as mortes decorrentes das explosões. O autarca afirmou que o histórico dos incidentes em fábricas de pirotecnia é "conhecido", mas explicou que com esta dimensão de mortos não há memória na região. A fábrica era uma unidade industrial pequena, de origem familiar.
O presidente da Junta de Freguesia de Penajóia, Lamego, disse também à agência Lusa que as instalações da fábrica de pirotecnia estão completamente destruídas.
De acordo com página da Protecção Civil, estiveram envolvidos nas acções de socorro 128 homens, 44 viaturas e dois helicópteros do INEM, para além da brigada de minas e armadilhas que foi chamada ao local. Fonte do INEM disse ainda à Lusa que equipas de psicólogos estão a caminho da área do acidente. O alerta para o incidente chegou ao Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Viseu às 17h48.
O incêndio é considerado de grandes proporções, referiu a fonte dos bomeiros da região contactada pelo PÚBLICO, isto porque as chamas alastraram para a zona florestal que se encontra junto à fábrica. A Lusa diz também que as informações são ainda escassas pois não estão reunidas as condições de segurança para que as equipas de emergência possam avançar para o local.
A fábrica de pirotecnia, localizada na freguesia de Avões, teria cerca de 15 trabalhadores. O proprietário vive na vizinha freguesia de Ferreiros de Avões, disse ao PÚBLICO fonte da junta de freguesia. Segundo a Lusa, a Polícia Judiciária foi chamada a investigar as várias explosões ocorridas numa fábrica de pirotecnia em Avões.