Marcelo acredita que haverá justiça no caso BES

Candidato foi confrontado em Viseu com pessoas que perderam dinheiro no banco.

Fotogaleria
Miguel Manso/PÚBLICO
Fotogaleria
Miguel Manso/PÚBLICO
Fotogaleria
Miguel Manso/PÚBLICO
Fotogaleria
Miguel Manso/PÚBLICO
Fotogaleria
Miguel Manso/PÚBLICO
Fotogaleria
Miguel Manso/PÚBLICO
Fotogaleria
Miguel Manso/PÚBLICO
Fotogaleria
Miguel Manso/PÚBLICO
Fotogaleria
Miguel Manso/PÚBLICO

A peixeira parou de amanhar o peixe à espera de Marcelo Rebelo de Sousa. É uma lesada do BES. Perdeu as “poupanças” de 100 mil euros. “A culpa disto é muito do Governo, o Ricardo Salgado está a ser uma cobaia”, queixou-se, confessando estar a tomar anti-depressivos. O candidato admitiu que “a justiça é muito lenta, muito lenta”. “A gente vai morrendo aos poucos”, respondeu-lhe a vendedora no mercado municipal de Viseu. “Ah, mas não se pode morrer porque a justiça vai exercer-se. Não tenho dúvidas, não tenho dúvidas”, confortou.

Mais tarde, quando caminhava na rua, foi abordado por um homem que preferiu segredar ao ouvido. “Já falei disso”, respondeu o candidato. Mais um lesado do BES que se queixou.

A manhã de campanha começou junto ao mercado de Viseu, onde o candidato era esperado pelo Presidente da Câmara, o social-democrata Almeida Henriques, e os deputados do PSD eleitos pelo distrito, Pedro Alves e José Cesário. Marcelo dispensou o peixe, mas comprou bolo de azeite, requeijão, grelos e tangerinas “para levar para Lisboa”. A ideia de que tem medo das doenças passou para a opinião pública. “Estou constipada”, disse uma reformada, recusando cumprimentar o candidato que, de imediato, voltou costas: “Ah isso é que não”.

Entre as compras e os cumprimentos, Marcelo faz todo o tipo de conversa com quem vai encontrando. Fala dos valores do colesterol ou deixa um elogio. “Tem os olhos verdes como os meus. São verde coral”, disse a uma vendedora no mercado. O antigo comentador televisivo mostra ter um estilo bem diferente do actual Presidente Cavaco Silva. Os jornalistas pedem-lhe uma diferença. “Somos diferentes na formação, no percurso, no temperamento, na personalidade, na idade (somos de gerações diferentes), tudo isso faz estilos de Presidência muito diversos. (...) Não há dois presidentes iguais e o país neste momento está por ventura mais à espera de um Presidente mais extrovertido”, respondeu.

No percurso a pé entre o mercado e o conservatório de música, o candidato posa junto à estátua de Aquilino Ribeiro, representado como estando sentado a uma secretária, elogiando as suas qualidades como escritor e mostra como pega na caneta de forma diferente, entre o dedo indicador e o médio. Ao passar à frente de uma farmácia não resiste a entrar e a fazer comentários sobre medicamentos. “O meu antibiótico preferido era o Clavamox DT. Ainda existe?”, perguntou, mostrando conhecer as novidades: “Saiu agora outro com outro nome. Ah a composição é a mesma coisa, mas eu ainda estou muito ligado ao Clavamox”.

Sugerir correcção
Ler 6 comentários