Da Rioforte ao fim do operador lusófono, accionistas da PT não poupam perguntas

Assembleia geral promete arrastar-se. Presidente da Oi diz que venda à Altice "é o melhor" para todos.

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Rafael Mora à chegada à assembleia-geral Rui Gaudêncio
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Ao centro, João Mello Franco, presidente do conselho de administração da PT SGPS Rui Gaudêncio
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Manifestação à porta da sede da PT Rui Gaudêncio
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Bayard Gontijo, presidente da Oi Rui Gaudêncio
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Antes deste período de esclarecimentos, João Mello Franco fez uma longa intervenção inicial recordando todos os capítulos da combinação de negócios.

Depois, passou a palavra ao presidente executivo da Oi, Bayard Gontijo, que também defendeu a concretização do negócio, considerando que "é o melhor" para a PT e para a Oi.

Depois de Marco Gonçalves, do BTG Pactual, assessor financeiro da Oi, ter explicado as diversas etapas do negócio com a Altice, recordando que os CTT foram uma das quatro empresas que se mostraram interessadas na venda da PT.

Menezes Cordeiro abriu o período de esclarecimentos dos accionistas. E, segundo apurou o PÚBLICO, os pedidos são muitos.

Depois de alguma especulação sobre se estaria na AG, Menezes Cordeiro chegou à reunião dizendo-se disposto a presidir e a deixar os accionistas votarem. Na intervenção inicial também sublinhou que "não tem opiniões" sobre os negócios e que compete ao conselho de administração gerir e aos accionistas tomarem as decisões. Mas antes que estas sejam tomadas, toda a gente que quiser falar vai poder fazê-lo.

À entrada da assembleia-geral da PT, Rafael Mora, administrador da Ongoing na operadora, disse esperar que o negócio da venda da PT Portugal aos franceses da Altice fique aprovado ainda nesta quinta-feira.

Sobre a carta enviada por Henrique Granadeiro à CMVM, em que defende o fim do negócio PT/Oi e onde atribui responsabilidades à PT Portugal pelos investimentos na Rioforte, Rafael Mora considerou que o ex-presidente da PT “foi desafortunado na carta que enviou e no momento em que enviou”. A missiva chegou ao regulador do mercado de capitais no dia seguinte ao da última assembleia-geral, que foi interrompida a 12 de Janeiro.

Dizendo que não gostou da carta, o administrador da Ongoing considerou que Granadeiro “tem responsabilidades” no processo e que já as admitiu na sua carta de renúncia, em Agosto. Questionado sobre as responsabilidades da Oi, a resposta foi lacónica: “Não sei”.

“Não é um bom negócio”, disse Rafael Mora. “Se fosse um bom negócio não tinha acontecido a Rioforte, nem o 8 de Setembro [quando os accionistas aceitaram o novo acordo de fusão com a Oi], nem a necessidade de venda de activos”.

A reunião magna já arrancou, com cerca de 44% do capital representado, menos do que os 50% da assembleia de dia 12.

 

 

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