DN deixa de ter edição impressa ao fim-de-semana a partir de 1 de Janeiro

Jornal passa a estar nas bancas de segunda a sexta-feira, sendo que esta será uma edição reforçada de fim-de-semana.

Foto
Segundo o director, esta mudança "visa assegurar a sustentatibilidade futura" do DN Nuno Ferreira Santos
Ouça este artigo
00:00
02:04

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

O Diário de Notícias vai deixar de ter edição impressa aos sábados e aos domingos a partir do próximo dia 1 de Janeiro, anunciou o jornal, num texto assinado por Filipe Alves, director do jornal, na edição deste sábado. O DN passará assim a sair em papel apenas nos dias úteis, de segunda a sexta-feira, sendo que esta será uma edição reforçada de fim-de-semana.

No ano em que comemora o seu 160.º aniversário, o DN deixa de estar nas bancas ao fim-de-semana. Uma mudança que "visa assegurar a sustentabilidade futura do projecto" e "ir ao encontro das novas tendências de consumo de informação", numa altura em que a "esmagadora maioria" dos leitores do jornal o faz na edição online, escreve o director, num texto publicado este sábado na última página do jornal onde dá conta desta mudança aos leitores.

Quatro anos depois de voltar a ser publicado em papel diariamente — entre 2018 e 2020, o DN deixou de ter edição impressa durante a semana, estando nas bancas apenas ao domingo —, o jornal volta agora a fazer uma mudança. Com esta alteração, "o DN vai, assim, ser um jornal cada vez mais digital e multimédia, voltado para o futuro e para novas formas de contar histórias", assegura o director.

No entanto, o director do jornal, que assumiu funções em Setembro, garante que o "suporte em papel vai continuar a ser muito importante" e, por isso mesmo, a edição de sexta-feira será reforçada, com "entrevistas com os grandes protagonistas da actualidade, reportagens, ensaios e outros conteúdos pensados para o fim-de-semana, que também estarão disponíveis em formato digital". Também a edição online durante o fim-de-semana será reforçada, assegura Filipe Alves.

Recorde-se que a crise na Global Media, detentora do Diário de Notícias, levou no dia 10 de Janeiro os trabalhadores do grupo a fazerem uma greve com adesão total, depois de em Dezembro os trabalhadores já terem parado durante dois dias, o que fez com que o Jornal de Notícias não fosse para as bancas. Em Julho deste ano, a Global Media vendeu títulos como o JN, O Jogo e a TSF ao grupo Notícias Ilimitadas, tendo ficado com o controlo do Diário de Notícias e outras publicações como a Men's Health.

Sugerir correcção
Ler 2 comentários