O Museu do Fado, em Lisboa, vai ter obras de ampliação no próximo ano, e poderá vir a encerrar parcialmente, disse na terça-feira o presidente da empresa municipal de Gestão e Animação Cultural (EGEAC/Lisboa Cultura).

Em declarações à agência Lusa, Pedro Moreira não quis adiantar pormenores do projecto, pois está "ainda a trabalhar no processo", todavia afirmou que a área do museu será aumentada "em pelo menos mais 40%" e que este terá "um novo discurso expositivo".

A ampliação, a cargo do ateliê de arquitectura Santa-Rita, é "um ensejo de longa data do executivo" municipal, a que se junta "a vontade do presidente da Câmara", Carlos Moedas, disse Pedro Moreira à Lusa. O projecto será confiado ao mesmo arquitecto que transformou o edifício, anteriormente uma estação elevatória de águas, neste museu, inaugurado em Setembro de 1998.

Não há ainda uma data concreta para o início das obras, apenas foi feito "o lançamento do procedimento para que o arquitecto [João] Santa-Rita possa iniciar trabalhos com uma equipa pluridisciplinar e com a directora do Museu, Sara Pereira", declarou. "O que procuramos é que o desenvolvimento do projecto crie condições para ampliar não só a área expositiva dando-lhe um outro discurso e um outro percurso, mas que possa facilitar áreas tão relevantes como é o serviço educativo".

Pedro Moreira considera o projecto "relevante para a identidade e a alma lisboeta tão bem representada pelo fado", acrescentando que será apresentado no próximo ano.

O responsável da EGEAC remeteu para mais tarde a confirmação do orçamento da ampliação.

O Museu do Fado tem patente, até 25 de Março, a exposição temporária Imagens do Fado, que "demonstra a inequívoca presença e o enraizamento do fado na nossa sociedade", disse a sua directora à Lusa.

O Padrão dos Descobrimentos, em Belém, que encerra a partir da próxima segunda-feira, é outro espaço cultural gerido pela EGEAC/Lisboa Cultura que vai ser requalificado. Ficará encerrado ao público até ao início de Março.

Um dos propósitos desta reabilitação, orçada em 150 mil euros, é reabilitar algumas salas e a área de acolhimento aos visitantes, adiantou Pedro Moreira.