Consistência e força do colectivo da Atalanta são obstáculo para o Sporting chegar aos “oitavos”

“Leões” reencontram italianos 35 anos depois de uns “quartos” da Taça das Taças. Vice-campeões austríacos e campeão polaco falharam acesso à Liga dos Campeões.

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Atalanta encabeça grupo do Sporting EPA/GUILLAUME HORCAJUELO
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No topo das preocupações do Sporting, pelo menos num plano teórico que Rúben Amorim se encarregará de aprofundar, surgem os italianos da Atalanta, um dos cabeças-de-série do sorteio e principal adversário no acesso directo aos oitavos-de-final da competição em que os “leões” são o único representante português.

Atalanta que é, de resto, a única equipa que possui um historial com o Sporting: cinco partidas que remetem para um passado já distante, com os quartos-de-final da Taça das Taças de 1987/88 (eliminação "leonina" por 3-1, 2-0 e 1-1) a marcar o último encontro.

Treinada desde 2016/17 por Gian Piero Gasperini, o emblema de Bergamo tem vincado uma posição de destaque na Serie A, com quatro quartos lugares nas sete temporadas de Gasperini e o quinto posto de 2022/23, à frente de Roma e Juventus, que a colocou na rota do Sporting.

Uma Atalanta que “dispensa” grandes vedetas, antes apoiando-se na força do colectivo, mas que este ano se reforçou com o jovem avançado maliano El Bilal Touré (Almeria) e o internacional italiano Gianluca Scamacca (West Ham), num investimento próximo dos 50 milhões de euros.

Sturm Graz fragilizado

Num campo um pouco menos minado surgem os austríacos do Sturm Graz, que, tal como os polacos do Rakow, nunca se cruzaram com o Sporting. A única certeza em matéria de estatística é o facto de o Sporting ainda não ter vencido em deslocações à Áustria ou mesmo à Polónia.

Algo que pouco acrescenta para além do habitual folclore futebolístico, mas que ajuda a perceber que as dificuldades não surgem apenas de equipas de campeonatos mais cotados ou conhecidos.

Vice-campeão austríaco, o Sturm Graz procede da Liga dos Campeões, palco de que foi afastado na 3.ª pré-eliminatória pelos neerlandeses do PSV Eindhoven (7-2 nas duas mãos, 4-1 e 3-1), enfrentando ainda o estigma de nunca ter ultrapassado a fase de grupos da Liga Europa.

Nada que intimide a equipa dirigida por Christian Ilzer desde 2020 e que em Abril conquistou a Taça da Áustria, apesar de a experiência na luta por um espaço na Champions tenha revelado fragilidades defensivas que o Sporting poderá explorar.

Rakow em alta

Das margens do Varta, mais concretamente de Czestochowa, cidade do sul da Polónia, chega o campeão polaco, actual oitavo classificado da liga. Um título inédito numa história de 102 anos que teria dado acesso à Champions não fosse a eliminação ante os dinamarqueses do Copenhaga no play-off da liga milionária, com derrota caseira (0-1) e empate (1-1) na segunda mão.

Depois de ter conseguido o primeiro título de campeão da história do clube, o RKS Rakow chega igualmente pela primeira vez a uma fase de grupos da Liga Europa… Mas com esse factor distintivo. Algo que o Rakow se orgulha depois de nos últimos sete anos ter acumulado títulos da terceira, segunda e primeira ligas, sempre sob o comando de Marek Papszun, que em 2019/20 devolveu o Rakow à elite da Ekstraklasa.

Agora com o antigo adjunto de Papszun, Dawid Szwarga, ao leme, o Rakow pode oferecer uma perspectiva de relativa facilidade que na prática poderá não confirmar-se. Basta ver que terminou o campeonato com a autoridade conferida pelos 9 pontos de vantagem sobre o Legia e 14 sobre o Lech Poznan, falhando o triplete ao perder, nos penáltis (com o Legia), a final da Taça, que somaria à Supertaça.

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