Forças israelitas matam dois adolescentes palestinianos na Cisjordânia

Onda de violência na região já fez mais de 230 mortos desde o início do ano, a grande maioria no lado palestiniano.

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Num dos casos, um jovem palestiniano foi morto no interior do seu automóvel EPA/ALAA BADARNEH
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As forças israelitas mataram dois adolescentes palestinianos em dois incidentes separados nos territórios ocupados da Cisjordânia, na sexta-feira, em mais um exemplo da crescente violência na região desde o início de 2022.

Na noite de sexta-feira, dois jovens palestinianos que circulavam num automóvel foram atingidos a tiro por soldados israelitas perto da cidade de Nablus.

Segundo o Exército de Israel, o condutor do veículo — identificado como Fawzi Hani Makhalfeh, de 18 anos — foi morto a tiro quando se dirigia contra uma barreira de segurança, e um outro adolescente que seguia ao seu lado ficou ferido e foi detido; segundo a família de Makhalfeh, ouvida pela jornalista Laura Khan, da Al-Jazeera, o jovem estava feliz por ter acabado de saber que tinha passado nos exames do ensino secundário e foi emboscado pelas forças israelitas.

Num comunicado, citado pela agência AFP, o Ministério da Saúde palestiniano disse que Makhalfeh "foi morto pela ocupação [israelita] na cidade de Sebastia".

Horas antes, perto da cidade de Ramallah, também nos territórios da Cisjordânia ocupados por Israel desde 1967, um outro jovem palestiniano —Muhammad Fouad Atta al-Bayed, de 17 anos, residente no campo de refugiados de Jalazone — foi morto pelas forças israelitas.

Segundo a agência de notícias palestiniana Wafa, o jovem foi atingido com um tiro na cabeça e morreu dos ferimentos pouco depois no Hospital Árabe de Istishari.

Na versão do Governo de Israel, citada pela agência Associated Press, o jovem palestiniano foi atingido a tiro quando se preparava para lançar "uma bomba" contra as forças de segurança israelitas, no meio de um ataque com pedras e engenhos explosivos.

Desde o início do ano, a onda de violência na região fez mais de 230 mortos — incluindo 27 israelitas e 202 palestinianos, 31 deles com menos de 18 anos, segundo um balanço feito pela agência AFP. Os outros mortos são dois ucranianos e um italiano.

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