Por acasos da história e, sobretudo, por algumas das características mais tristes da condição portuguesa, nunca houve até há relativamente pouco tempo um museu de arte estatal que mostrasse a modernidade e a contemporaneidade na sua exposição permanente. A Fundação Gulbenkian, pela vocação de apoio às artes que é também sua, foi suprindo esse papel, comprando obras a artistas (seus bolseiros e não só), e pensando, logo a partir da sua criação em 1956, na constituição de um museu, o Centro de Arte Moderna (CAM), que veio efectivamente a inaugurar-se em 1982. É o 40.º aniversário deste espaço que esta exposição, muito apropriadamente intitulada Histórias de Uma Colecção, comemora.