Ataques em solo russo danificam prédios, escolas e caminhos-de-ferro
A circulação de comboios em Novyi Oskol está suspensa depois de rockets terem danificado uma linha eléctrica. Kiev não reivindicou a autoria dos ataques, mas fala em “karma”.
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Nos últimos dias, os ataques a regiões russas que fazem fronteira com a Ucrânia são cada vez mais frequentes e têm como alvo edifícios residenciais e administrativos, fábricas de energia eléctrica e postos de fronteira. Nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira, rockets voltaram a atingir a região de Belgorod e, desta vez, caíram perto da cidade de Novyi Oskol, obrigando a Rússia a suspender a circulação ferroviária. Um dos mísseis caiu perto dos caminhos-de-ferro, afirmou o governador regional, Vyacheslav Gladkov.
Segundo o autarca, as defesas antimísseis acabaram por abater os rockets, mas “as linhas eléctricas estão danificadas”. “Os comboios estão temporariamente suspensos”, declarou no Telegram. O Comité Estatal de Investigação russo adiantou que existem mortos e feridos, mas não avançou números oficiais.
A cidade tem cerca de 18 mil habitantes e está localizada a cerca de 90 quilómetros a norte da fronteira com a Ucrânia.
Na terça-feira, Gladkov anunciou que cerca de dois mil habitantes da cidade de Chebekino, também na região de Belgorod, ficaram sem electricidade na sequência de um bombardeamento a um complexo de energia eléctrico. No dia anterior, uma mulher de 74 anos morreu e várias pessoas ficaram feridas durante outro ataque à mesma localidade.
A Rússia tem denunciado ataques esporádicos na região a armazéns de combustível e reservas de munições, mas foram poucas as vezes em que a capital regional foi bombardeada. As explosões mais recentes na cidade de Belgorod atingiram zonas residenciais, incluindo um prédio residencial, na quinta-feira.
O governador culpou Kiev pelo ataque, argumentando com imagens que mostram os últimos andares do edifício danificados pelos mísseis.
Segundo o governador, um segundo míssil caiu perto de complexo desportivo de uma escola, abriu uma cratera no terreno, mas não explodiu. A localidade de Krasnoye, que também faz fronteira com a Ucrânia, também foi atacada.
Kiev não reivindicou a autoria dos ataques, apesar de um dos funcionários do Governo os ter descrito como “karma” pela invasão da Ucrânia pela Rússia.