Patrícia Mamona fora do pódio em Munique

Atleta portuguesa foi quinta na final do triplo salto dos Europeus de atletismo, ficando a quatro centímetros da medalha de bronze.

Foto
Patrícia Mamona ficou a quatro centímetros da medalha EPA/LEONHARD SIMON

Não é que o concurso lhe tenha corrido particularmente mal, mas Patrícia Mamona acabou por falhar a oportunidade para juntar mais uma medalha ao seu extenso palmarés, ao ficar em quinto na final do triplo salto dos Europeus de atletismo em Munique. A vice-campeã olímpica portuguesa não ficou longe do pódio (apenas quatro centímetros), mas longe do seu melhor - o seu melhor ensaio na Baviera foi a 14,41m, distante do seu recorde nacional de 15,01m que lhe deu a prata em Tóquio.

Entre as 12 finalistas, Patrícia Mamona era a primeira a saltar, e o que fez no primeiro ensaio dava-lhe alguma segurança – sem arriscar demasiado e com uma chamada muito conservadora, a portuguesa chegou aos 14,26m. Primeira a saltar e primeira líder do concurso, mas rapidamente perdeu esse estatuto para a segunda mulher a saltar. Maryna Bekh-Romanchuck deixou logo a sua marca, com um salto a 14,81m, um grande recorde pessoal que deixou logo toda a concorrência de sobreaviso. Depois de perder por pouco uma medalha no comprimento, a ucraniana estava ali para ganhar.

No final da primeira ronda de saltos, Mamona estava em terceiro, atrás de Bekh e da britânica Naomi Metzger. A portuguesa não melhorou no segundo ensaio (14,15m) e foi perdendo posições, para a finlandesa Kriistina Makela (14,64m, novo recorde nacional) e para a alemã Neele Noack (14,39m).

A portuguesa foi melhorou no terceiro salto (14,39m) e no quarto (14,41m), marcas próximas do que tinha feito na qualificação (14,45m), mas, infelizmente para ela, insuficientes para chegar ao seu terceiro pódio em Europeus - ela que fora campeã em Amesterdão 2016 e vice-campeã em Helsínquia 2012. Os dois últimos saltos, já em desespero, foram bem piores, a 14,15m e 13,70m.

O ouro acabou por ficar entregue a Maryna Bekh-Romanchuck, que ainda melhorou a sua marca ao quinto ensaio, com 15,02m - mais uma a entrar no restrito clube dos 15 metros no triplo. A prata foi para a finlandesa Makela, com o seu novo recorde nacional (14,64), enquanto a israelita de origem ucraniana Hanna Minenko ficou com o bronze (14,45m). Ainda à frente de Patrícia Mamona ficou a alemã Neel Nack (14,43m).

Estes Europeus acabaram por ser uma evolução no bom sentido em relação ao que tinha feito nos Mundiais de Eugene há pouco mais de um mês – a portuguesa foi oitava na final, com 14,29m. E a portuguesa reconheceu essa evolução após esta final europeia.

“Foi uma final muito competitiva, já sabia que ia ser assim, na final as atletas fazem sempre grandes marcas. Finalmente estou a sentir-me normal e dá-me vontade de começar a época agora. Só há duas semanas é que comecei a treinar como deve ser. Queria um bocadinho mais e lutei até ao final pelo salto que me desse uma medalha, mas não saiu, estou feliz porque finalmente estou a sentir que as coisas estão a avançar outra vez”, afirmou a saltadora do Sporting à RTP.

“Tenho de pensar agora no futuro e tenho de me manter saudável, se isso acontecer, outros saltos vão sair. O meu corpo não está ainda habituado a estes ritmos, estava lesionada, sei que consigo fazer melhor. A época dos campeonatos acabou, mas vou continuar a treinar”, acrescentou.

Sugerir correcção
Comentar