Do outro lado da pintura, as ruas (da América)

Na sua primeira exposição em Portugal, Mark Bradford confronta-se o velho dilema: aquele que reúne, no mesmo espaço, a arte e a vida.

Foto
Colou e descolou, cortou e recortou, pôs e sobrepôs... Joshua White

Duas experiências (Los Angeles, 1961) oferecem-se ao visitante, assim que este entra em Ágora, a exposição de Mark Bradford no Museu de Serralves. A primeira é a escala considerável das obras — grandes espaços pictóricos que, auráticos, se abrem à visão. A segunda é a abstracção que, das paredes, é sugerida, se não mesmo afirmada. Para além das suas formas e cores, as obras não mostram retratos, paisagens, cenas, personagens; isto é, não são determinadas pela representação mimética. Seja como for, e para lá destas e outras considerações, eis um facto: encontramos um conjunto de obras pictóricas realizadas pelo artista que representou os EUA na Bienal de Veneza de 2016 (a curadoria é de Philippe Vergne, com a assistência de Filipa Loureiro).

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Duas experiências (Los Angeles, 1961) oferecem-se ao visitante, assim que este entra em Ágora, a exposição de Mark Bradford no Museu de Serralves. A primeira é a escala considerável das obras — grandes espaços pictóricos que, auráticos, se abrem à visão. A segunda é a abstracção que, das paredes, é sugerida, se não mesmo afirmada. Para além das suas formas e cores, as obras não mostram retratos, paisagens, cenas, personagens; isto é, não são determinadas pela representação mimética. Seja como for, e para lá destas e outras considerações, eis um facto: encontramos um conjunto de obras pictóricas realizadas pelo artista que representou os EUA na Bienal de Veneza de 2016 (a curadoria é de Philippe Vergne, com a assistência de Filipa Loureiro).