Rúben Amorim quer primeira vitória em Famalicão

Treinador do Sporting não quer perder jogadores e espera que Hugo Viana desligue o telefone até ao fecho do mercado de transferências.

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Reuters/PEDRO NUNES

O treinador do Sporting, Rúben Amorim, declarou esta sexta-feira em conferência de imprensa de antevisão do jogo da quarta jornada da Liga, este sábado (20h30, SPTV1) que pretende quebrar o jejum de vitórias em Famalicão que se regista desde que o clube minhoto regressou à elite do futebol nacional, tendo ainda aproveitado para comentar alguns temas, como o interregno no campeonato antes do clássico com o FC Porto e o fecho do mercado de transferências, por que tanto anseia, desejando que Hugo Viana, director desportivo, desligue o telefone até terça-feira.

“O Famalicão é sempre complicado. Possui um grupo de bons talentos, que muda todos os anos porque faz parte projecto, mas tem um treinador muito bom, muito ofensivo e positivo”, referiu, desvalorizando o arranque em falso dos famalicenses.

“Têm zero pontos, mas jogam com o Sporting, o que tira bastante responsabilidade. A meu ver não haveria melhor jogo para o Famalicão”, defende, assumindo que a chegada de reforços a Famalicão condiciona o conhecimento sobre o adversário.

“Preparámos bem a partida e o que queremos é vencer. O Sporting, desde que o Famalicão subiu, ainda não venceu. Há sempre esse factor que também é importante para motivar a nossa equipa e trazer a vitória para Alvalade”.

Sobre a Liga dos Campeões, Amorim reconhece tratar-se de “um mundo novo para a maioria dos jogadores, um mundo novo para o treinador, um treinador que tem um registo péssimo na Europa... e por isso é com muito entusiasmo que vamos a jogo e depois logo se vê o que vai a contecer”.

Sobre o mercado de transferências, Amorim só quer que a janela de verão feche para manter o grupo.

“São todos muito importantes. Estou à espera que acabe para ficarmos com todos. Há jogadores com características mais difíceis de colmatar porque não temos mais no plantel. Mas mesmo tendo dois semelhantes, como o Nuno Mendes e o Vinagre, um não é o outro. Como o Palhinha não temos mais ninguém, o Pote faz muitos golos, o Matheus Nunes está num crescimento incrível... Portanto, não vou pensar. É esperar que feche rápido e que o Viana desligue o telefone. É isso que peço”.

Em matéria de internacionais, com o Sporting a dominar a chamada de Fernando Santos, e do interregno que antecede o clássico com o FC Porto, Rúben Amorim mostra-se satisfeito pelos jogadores “leoninos” e vê o duelo com os “dragões” de uma perspectiva particular.

“Ficamos preocupados com os que não jogam. Os que jogam têm um estímulo e limpam a cabeça. Os que não jogam precisam manter a forma”, assume, mostrando-se impotente perante a questão dos internacionais sul-americanos, que poderão desfalcar a equipa no regresso da Liga.

“A primeira coisa é que têm de jogar bem com o Famalicão ou não sequer têm hipóteses de defrontar o FC Porto. Quanto ao resto, não sei o que um clube pode fazer para impedir os jogadores de irem às selecções”, remata, limitando-se a aguardar pelos desenvolvimentos de uma polémica instalada por causa das restrições da covid-19 e que levou as Ligas inglesa, espanhola, italiana e também a portuguesa, a apoiarem os clubes que entenderem defender os respectivos interesses, mesmo contrariando as indicações da FIFA.

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