Novo Banco regista perdas nos fundos do BES à revelia do Banco de Portugal

A equipa de António Ramalho decidiu inscrever perdas de 260 milhões de euros - na base de novo pedido de injecção do Estado em 2021 - sem que o Fundo de Resolução tenha tido conhecimento. Em causa estão fundos de reestruturação criados na última crise financeira.

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Miguel Manso

Num contexto marcado pela proibição pelo Governo de novas vendas de créditos problemáticos, pelo atraso inexplicado de uma auditoria especial a estes negócios e pela garantia de que a pandemia não iria aumentar as injecções do Estado no Novo Banco, a equipa de António Ramalho surpreendeu, nos resultados do primeiro semestre, com a sinalização de novo pedido de ajuda no valor de 176 milhões em 2020. E, sobretudo, com a inclusão de perdas de 260 milhões de euros relacionadas com fundos de reestruturação que tinham estado, até agora, fora do mecanismo que calcula as injecções de dinheiro do Estado. O Fundo de Resolução ficou à margem desta decisão, por isso, já pediu explicações a António Ramalho.

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Num contexto marcado pela proibição pelo Governo de novas vendas de créditos problemáticos, pelo atraso inexplicado de uma auditoria especial a estes negócios e pela garantia de que a pandemia não iria aumentar as injecções do Estado no Novo Banco, a equipa de António Ramalho surpreendeu, nos resultados do primeiro semestre, com a sinalização de novo pedido de ajuda no valor de 176 milhões em 2020. E, sobretudo, com a inclusão de perdas de 260 milhões de euros relacionadas com fundos de reestruturação que tinham estado, até agora, fora do mecanismo que calcula as injecções de dinheiro do Estado. O Fundo de Resolução ficou à margem desta decisão, por isso, já pediu explicações a António Ramalho.