Ministra mexicana demite-se depois de atrasar voo 38 minutos
Presidente mexicano critica atitude de Josefa González Blanco e afirma que nenhum ministro pode falhar no esforço de moralização da vida pública do país.
A ministra do Ambiente do México renunciou ao cargo depois de fazer com que um avião descolasse com um atraso de 38 minutos. Josefa González Blanco estava atrasada para o embarque num voo entre a Cidade do México e Mexicali, na fronteira dos EUA, na última sexta-feira.
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A ministra do Ambiente do México renunciou ao cargo depois de fazer com que um avião descolasse com um atraso de 38 minutos. Josefa González Blanco estava atrasada para o embarque num voo entre a Cidade do México e Mexicali, na fronteira dos EUA, na última sexta-feira.
De acordo com o Presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, a ministra pediu a um administrador da Aeroméxico, companhia aérea nacional, que atrasasse o voo enquanto tentava chegar ao aeroporto. No sábado, o chefe de Estado descreveu esta situação como “muito lamentável”.
O atraso foi relatado no Twitter por um passageiro, que contou que o voo 198 da Aeroméxico estava prestes a descolar quando o piloto anunciou que tinha de voltar ao terminal devido a uma “ordem presidencial”.
Com a notícia a ser partilhada, a ministra acabou por publicar a sua carta de demissão, onde pediu desculpa por prejudicar o esforço do Governo para moralizar a vida pública mexicana. “Não há justificação”, admitiu. “A verdadeira transformação do México requer uma absoluta coerência com os valores de justiça e equidade”, diz citada pelo Guardian.
O Presidente López Obrador aceitou a demissão da ministra e disse que nenhum ministro “tem o direito de falhar”. “Nós nunca vamos falhar perante o povo”, reiterou.
López Obrador tomou posse em Dezembro com a promessa de levar a cabo uma transformação histórica da sociedade mexicana, dando especial atenção às pessoas mais pobres. Quando foi eleito, Obrador retirou alguns privilégios aos políticos mexicanos – obrigando-os, por exemplo, a voar em voos comerciais em vez de aeronaves particulares. “Não podemos ter um Governo rico e um povo pobre”, defende.