A Europa apresenta-se como algo distante, técnico e burocrático. Parece estar nas mãos da força dos mercados e da maquinação das elites que escapam ao controlo democrático. A integração europeia é um projecto melhor entendido e apoiado pelas camadas altas da sociedade, do que pelos sectores populares que têm mais a temer da globalização e que se sentem desprotegidos fora dos Estados nacionais. Procedimentalmente, a Europa é democrática, mas pesa mais a Comissão formada pelos lideres dos governos, do que o Parlamento. A natureza complexa e muito técnica dos assuntos que estão em jogo, não permite aos actores sociais mobilizar a opinião pública ao nível europeu com uma mensagem afirmativa. A contraposição entre eleitorados nacionalizados e políticas burocráticas decisivas é letal para a União Europeia. É inconcebível uma política democrática no séc. XXI sem o apoio explícito das populações (1).
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A Europa apresenta-se como algo distante, técnico e burocrático. Parece estar nas mãos da força dos mercados e da maquinação das elites que escapam ao controlo democrático. A integração europeia é um projecto melhor entendido e apoiado pelas camadas altas da sociedade, do que pelos sectores populares que têm mais a temer da globalização e que se sentem desprotegidos fora dos Estados nacionais. Procedimentalmente, a Europa é democrática, mas pesa mais a Comissão formada pelos lideres dos governos, do que o Parlamento. A natureza complexa e muito técnica dos assuntos que estão em jogo, não permite aos actores sociais mobilizar a opinião pública ao nível europeu com uma mensagem afirmativa. A contraposição entre eleitorados nacionalizados e políticas burocráticas decisivas é letal para a União Europeia. É inconcebível uma política democrática no séc. XXI sem o apoio explícito das populações (1).