Vice-presidente da Câmara de Braga acredita que fogo está “sob controlo”

O incêndio, que se chegou a aproximar de algumas habitações no limite da cidade e a deixar uma casa consumida pelas chamas, está perto de estar controlado, avançou Firmino Marques, vice-presidente do município.

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Combate a um incêndio neste domingo LUSA/CARLOS BARROSO

Os quatro quilómetros de chamas ao longo da encosta da Falperra, que se ergueu no horizonte da cidade de Braga na noite de domingo, estão já praticamente sob o “controlo” dos 100 bombeiros e das 30 viaturas de várias corporações do distrito que se encontram no local, salientou Firmino Marques, vice-presidente do município, no Pavilhão Gimnodesportivo da Morreira, a primeira freguesia bracarense por onde o fogo alastrou, esclarecendo que o incêndio “amainou” a par do “vento”.

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Os quatro quilómetros de chamas ao longo da encosta da Falperra, que se ergueu no horizonte da cidade de Braga na noite de domingo, estão já praticamente sob o “controlo” dos 100 bombeiros e das 30 viaturas de várias corporações do distrito que se encontram no local, salientou Firmino Marques, vice-presidente do município, no Pavilhão Gimnodesportivo da Morreira, a primeira freguesia bracarense por onde o fogo alastrou, esclarecendo que o incêndio “amainou” a par do “vento”.

O incêndio, reconheceu, chegou a ladear “habitações” e obrigou os bombeiros a um “esforço adicional” para “acorrerem a esses locais”, referindo que todas as situações foram controladas, com excepção de uma “habitação já antiga”, onde “deflagrou um incêndio”, com a “pessoa idosa” que lá habitava a ser “recolhida pelos seus familiares”.

Essa casa, avançou ao PÚBLICO o tesoureiro da União de Freguesias de Nogueira, Fraião e Lamaçães, João Marques, situava-se já no limite entre a zona habitacional do Fraião e a encosta onde as chamas “lavravam”, descrevendo ainda que, entre “pessoas mais idosas” que residiam na proximidade das chamas, houve “alguma relutância a deixar as casas, o que obrigou à intervenção das “autoridades”.

Firmino Marques considerou ainda que, caso os “meios aéreos” estivessem disponíveis no “terreno”, a “situação seria controlada de forma mais facilitada”, lembrando que se previa tais meios poderem ser utilizados até 15 de Outubro, precisamente a data em que o incêndio começou. O responsável da Divisão da Protecção Civil do município bracarense, Vítor Azevedo, também presente no posto dos bombeiros, esclareceu que esses meios envolviam, segundo o “Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios “um meio médio para ataque inicial” e “um pesado, vulgo Kamov”, mas, por “decisão nacional”, deixaram o concelho a 30 de Setembro.

O vice-presidente da Câmara confirmou ainda que o Hospital Privado de Braga, localizado em Nogueira, junto a uma das zonas que arderam, nunca esteve em risco de ser evacuado, apesar de ter lá estado um “meio pesado”, estacionado.

As chamas estiveram igualmente próximas do Parque Industrial do Barral, também em Nogueira, mas João Marques frisou que a situação foi rapidamente resolvida, graças à intervenção rápida de um dos “carros de bombeiros”.

Espaço para acolher pessoas desalojadas não deve ser utilizado

O vereador do município de Braga não conseguiu esclarecer quantas habitações tiveram de ser evacuadas, dizendo apenas que as autoridades actuavam em todas as situações nas quais o incêndio, que começou a lavrar ainda durante a tarde, em Leitões, no concelho de Guimarães, e se alastrou depois de sudoeste para nordeste, já em Braga, se aproximava das casas.

O autarca revelou ainda que, “segundo os meios do plano municipal de emergência”, estão “preparados os locais de acolhimento” no centro da cidade, apesar de não haver de “qualquer informação que indicie que isso possa vir a acontecer”.

João Marques frisou que, entre os casos que presenciou, viu “três a quatro pessoas” a terem de abandonar as suas casas, enquanto uma moradora na Rua Comendador Doutor Félix Ribeiro, no limite entre a cidade e a encosta da Falperra, teve de abandonar por volta das 21h30, mas, por volta da meia-noite, já tinha recebido a informação de que era seguro regressar a casa.

Num dos parques de estacionamento da zona dos hipermercados da cidade, em Lamaçães, uma das zonas afectadas, está a funcionar um serviço de voluntários identificados, que recolhe e canaliza água, leite e barras de cereais.