O jazz europeu no Goethe traz Agustí Fernández e Christian Lillinger

De 5 a 14 de Julho, o Jazz im Goethe-Garten traz a Lisboa sete formações provenientes de Espanha, Alemanha, Áustria, Itália, Suíça, Turquia e Portugal.

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Agustí Fernández, notável pianista catalão, regressa a 6 de Julho para uma actuação com o seu Liquid Trio Carlos Porfirio

Agustí Fernández, Albert Cicera, Tobias Delius e Christian Lillinger. Em desporto, daria empate a 2 entre Espanha e Alemanha (Delius é inglês, mas está ao serviço dos alemães). No Jazz im Goethe-Garten (JiGG), são quatro nomes de peso, divididos por duas formações distintas, que são motivos mais do que suficientes para dar um salto até ao jardim do Goethe Institut, no Campo dos Mártires da Pátria (Lisboa), durante os finais de tarde do mês de Julho (entre 5 e 14).

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Agustí Fernández, Albert Cicera, Tobias Delius e Christian Lillinger. Em desporto, daria empate a 2 entre Espanha e Alemanha (Delius é inglês, mas está ao serviço dos alemães). No Jazz im Goethe-Garten (JiGG), são quatro nomes de peso, divididos por duas formações distintas, que são motivos mais do que suficientes para dar um salto até ao jardim do Goethe Institut, no Campo dos Mártires da Pátria (Lisboa), durante os finais de tarde do mês de Julho (entre 5 e 14).

Na sua 13.ª edição, o festival que partilha o director artístico, Rui Neves, com o Jazz em Agosto da Gulbenkian, apresenta anualmente um pequeno cardápio constituído por escolhas do jazz contemporâneo europeu, frequentemente apontando para formações de nomes pouco sonantes (mas nem por isso merecedoras de uma atenção menor), mas mantendo sempre como alicerce da programação figuras maiores do jazz avant-garde e da música improvisada do continente. Agustí Fernández, notável pianista catalão que há dois anos se apresentou no JiGG a solo, regressa a 6 de Julho para uma actuação com o seu Liquid Trio. Acompanhado por dois antigos alunos, Albert Cicera no saxofone e Ramon Prats na bateria, o requisitadíssimo Fernández comanda uma formação entregue a uma música esquiva e de expressão imprevisível, e que no seu segundo álbum, Marianne (2016), como nota o crítico Mark Corroto, tanto se lança a um tour de force de 19 minutos quanto a “um haiku de improvisação” de 52 segundos.

Tobias Delius (saxofone) e Christian Lillinger (bateria), figuras proeminentes do jazz continental, aterrarão no Goethe com Rotozaza, quarteto sediado na Alemanha que integra ainda o guitarrista Nicola L. Hein e o contrabaixista Adam Pultz Melbye. Cabe-lhes o concerto de encerramento, a 14 de Julho, com uma música reclamadora de liberdade inspirada pela escultura cinética de Jean Tinguely, à qual pediram de empréstimo a designação do quarteto.

Apresentando sete formações provenientes de Espanha, Alemanha, Áustria, Itália, Suíça, Turquia e Portugal, o JiGG concede honras de abertura a um trio de luxo da música exploratória nacional, com João Camões (viola), Rodrigo Pinheiro (piano) e Miguel Mira (violoncelo) — gente pertencente, entre outras formações, aos RED Trio e ao Motion Trio de Rodrigo Amado — a responderem pelo nome Earnear enquanto forçam os seus instrumentos a esticar as possibilidades até ao limite. Estarão a 5 de Julho no Goethe, seguindo-se Liquid Trio, Namby Pamby Boy (Áustria, dia 7), Oguz Büyükberber e Tobias Klein (Turquia/Alemanha, 10), Roots Magic (Itália, 12), Weird Beard (Suíça, 13) e Rotozaza.