NOS Primavera Sound à volta do mundo

PJ Harvey, Brian Wilson, Sigur Rós e Air são os principais nomes do cartaz da edição de 2016 do NOS Primavera Sound

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Está no ADN do NOS Primavera Sound: apresentar nomes importantes das vertentes mais experimentais e inteligentes da música, venham eles de lugares ou épocas muito diversas. Em 2016 não vai ser diferente. Começamos pelo Sudoeste de Inglaterra, de onde vem PJ Harvey. Após mais de duas décadas de carreira, a cantora, compositora e guitarrista continua implacável na busca da canção e da sonoridade que mais se aproximem da concretização das suas preocupações. Na bagagem traz o aclamado Let England Shake (de 2011), uma incursão (segundo afirmou) “na paisagem e na história da nação” em que cresceu e enquanto “ser humano afectado pelas políticas”, mas também explorará o álbum editado em Abril deste ano, The Hope Six Demolition Project, portento de burilagem de palavras, respiração e poesia.

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Está no ADN do NOS Primavera Sound: apresentar nomes importantes das vertentes mais experimentais e inteligentes da música, venham eles de lugares ou épocas muito diversas. Em 2016 não vai ser diferente. Começamos pelo Sudoeste de Inglaterra, de onde vem PJ Harvey. Após mais de duas décadas de carreira, a cantora, compositora e guitarrista continua implacável na busca da canção e da sonoridade que mais se aproximem da concretização das suas preocupações. Na bagagem traz o aclamado Let England Shake (de 2011), uma incursão (segundo afirmou) “na paisagem e na história da nação” em que cresceu e enquanto “ser humano afectado pelas políticas”, mas também explorará o álbum editado em Abril deste ano, The Hope Six Demolition Project, portento de burilagem de palavras, respiração e poesia.

Seguimos depois para a Califórnia, USA. De lá vem o veterano e venerado Brian Wilson, o cérebro e a inspiração dos Beach Boys. Brian revisita ao vivo a totalidade de Pet Sounds, um dos mais míticos e influentes álbuns dos anos 60 e não só. Nas comemorações dos 50 anos da edição do disco dos californianos, poderemos cantar clássicos como Wouldn’t it be nice, God only knows ou Caroline, no, todos compostos pelo mais velho dos irmãos Wilson. E assim perceber a mestria no imaginário romântico, na construção melódica, na beleza dos pormenores, na cuidada produção, que tornaram Pet Sounds um exemplo do elevado nível de qualidade a que podia almejar um disco de uma banda de rock. Uma ocasião única, aproveitemos o privilégio.     

Em direcção ao Norte, deparamos com os islandeses Sigur Rós. A banda liderada pelo vocalista Jónsi é muito querida do público português, e regressa regularmente ao nosso país. Desta feita, em fase de reorganização interna e estética – com a saída de Kjartan Sveinsson, o grupo recupera os álbuns iniciais (Agaetis Byrjun, () e Takk) e o mais recente Kveikur (2013) e debate entre a abordagem mais etérea e ambient ou uma opção mais virada para as guitarras e formato rock. Qualquer que seja a escolha, é certa uma noite mágica, plena de vozes celestiais, línguas imaginárias, cordas que nos levam em viagens aos recônditos da infância ou às lágrimas de uma separação.  

Por fim, damos um salto até aos arredores de Paris, de onde os franceses Nicolas Godin e Jean-Benoît Dunckel, os dois “Sexy boys” (do nome do seu primeiro êxito) que em conjunto dão pelo nome de Air, nos conduzem pelas franjas mais interessantes do rock progressivo e psicadélico e da electrónica. As suas actuações são tempos de comunhão e sonho, encaixando-se na perfeição no Parque da Cidade do Porto.