Obras começam em Junho no antigo Cinema Europa, em Lisboa
O novo Cinema Europa vai deixar de projectar filmes, mas passa a contar com salas de leitura, um espaço multiusos e um pequeno jardim de Inverno.
As obras para transformarem o antigo Cinema Europa, em Lisboa, numa biblioteca e num espaço cultural vão arrancar em Junho, estando a inauguração prevista para o outono, disse nesta quinta-feira o presidente da Junta de Campo de Ourique.
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As obras para transformarem o antigo Cinema Europa, em Lisboa, numa biblioteca e num espaço cultural vão arrancar em Junho, estando a inauguração prevista para o outono, disse nesta quinta-feira o presidente da Junta de Campo de Ourique.
Em declarações à agência Lusa, Pedro Cegonho disse que as obras têm um prazo previsto de 144 dias e estão orçamentadas em 499 mil euros.
A Câmara de Lisboa adquiriu em 2014 o piso térreo do edifício onde outrora existiu o Cinema Europa, com vista à instalação de um equipamento cultural previsto na candidatura vencedora do movimento SOS Cinema Europa ao Orçamento Participativo de 2009/2010 e delegou competências na Junta de Freguesia, que vai gerir o espaço.
O novo Cinema Europa vai deixar de projectar filmes, mas passa a contar com uma sala de leitura para adultos, uma sala de leitura juvenil/infantil, um espaço multiusos – com auditório e sala de exposições – e um pequeno jardim de Inverno.
Segundo Pedro Cegonho, o espaço terá 587 metros quadrados de espaço coberto e 72 metros quadrados de jardim de inverno.
Com wifi, a biblioteca será equipada com cerca de 7500 títulos (3240 de lazer e 4300 de estudo) e 700 CD e DVD e estará ligada à rede de bibliotecas municipais.
O presidente da junta de freguesia disse ainda que pretende que aquele espaço “seja virado para a comunidade” e que receba também contributos da comunidade no seu plano de actividades.
Inaugurado na década de 1930, o Cinema Europa foi utilizado até 1981 e é um dos edifícios emblemáticos do bairro de Campo de Ourique, tendo na fachada uma escultura em alto-relevo do escultor Euclides Vaz.
O espaço integra o inventário da Arquitectura Moderna Portuguesa da Direcção-Geral do Património Cultural e tem um movimento (SOS Cinema Europa) que luta, desde o início de 2000, pela sua preservação.