Wall Street fecha com fortes perdas por investidores cederem ao pessimismo

O Dow Jones Industrial Average desvalorizou 2,21% e Nasdaq 3,41%.

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AFP / TIMOTHY A. CLARY

A bolsa nova-iorquina fechou esta quarta-feira com fortes perdas, com os investidores a cederem ao pessimismo, arrastados pelo panorama no mercado petrolífero.
Os resultados definitivos indicam que o Dow Jones Industrial Average desvalorizou 2,21% (364,81 pontos), para as 16.151,41 unidades, e o Nasdaq 3,41% (159,85), para as 4.526,06.
O índice alargado S&P 500 perdeu 2,50% (48,40), para os 1.890,28 pontos.
O sentimento de recuperação que parecia confirmar-se durante a abertura de hoje, no seguimento da estabilização das bolsas europeias e asiáticas, e depois do fecho em alta de terça-feira, rapidamente desapareceu.
"Os investidores não acreditam que atingimos um mínimo, o que vai continuar enquanto o (mercado do) petróleo não der provas de vigor", previu Michael James, da Wedbush Securities.
Os índices entraram em terreno negativo quando o Departamento de Energia dos EUA anunciou que durante a semana passada aumentaram os stocks de petróleo, mas também os de gasolina e produtos destilados, pela segunda semana consecutiva e de forma muito acentuada, o que assinala o desajuste da procura perante uma oferta excessiva.
Estes números decepcionantes não impediram que a cotação do barril de referência nos EUA, o WTI, estabilizasse em Nova Iorque, nos 30,48 dólares, mas desmoralizaram os investidores em acções.
Para Art Hogan, da Wunderlich Securities, a preocupação é que a queda do preço do petróleo desestabilize os mercados financeiros, com a secundarização dos activos arriscados, como matérias-primas e acções, em benefício dos valores refúgio, como as obrigações do Tesouro.
James destacou também que o marasmo petrolífero afecta o moral de todos os investidores. "O petróleo é um determinante essencial do vigor da economia, e enquanto tivermos um mercado desequilibrado, em que a procura não arranca, as suas implicações vão ultrapassar largamente o complexo energético" e afectar o crescimento mundial, argumentou.
 

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A bolsa nova-iorquina fechou esta quarta-feira com fortes perdas, com os investidores a cederem ao pessimismo, arrastados pelo panorama no mercado petrolífero.
Os resultados definitivos indicam que o Dow Jones Industrial Average desvalorizou 2,21% (364,81 pontos), para as 16.151,41 unidades, e o Nasdaq 3,41% (159,85), para as 4.526,06.
O índice alargado S&P 500 perdeu 2,50% (48,40), para os 1.890,28 pontos.
O sentimento de recuperação que parecia confirmar-se durante a abertura de hoje, no seguimento da estabilização das bolsas europeias e asiáticas, e depois do fecho em alta de terça-feira, rapidamente desapareceu.
"Os investidores não acreditam que atingimos um mínimo, o que vai continuar enquanto o (mercado do) petróleo não der provas de vigor", previu Michael James, da Wedbush Securities.
Os índices entraram em terreno negativo quando o Departamento de Energia dos EUA anunciou que durante a semana passada aumentaram os stocks de petróleo, mas também os de gasolina e produtos destilados, pela segunda semana consecutiva e de forma muito acentuada, o que assinala o desajuste da procura perante uma oferta excessiva.
Estes números decepcionantes não impediram que a cotação do barril de referência nos EUA, o WTI, estabilizasse em Nova Iorque, nos 30,48 dólares, mas desmoralizaram os investidores em acções.
Para Art Hogan, da Wunderlich Securities, a preocupação é que a queda do preço do petróleo desestabilize os mercados financeiros, com a secundarização dos activos arriscados, como matérias-primas e acções, em benefício dos valores refúgio, como as obrigações do Tesouro.
James destacou também que o marasmo petrolífero afecta o moral de todos os investidores. "O petróleo é um determinante essencial do vigor da economia, e enquanto tivermos um mercado desequilibrado, em que a procura não arranca, as suas implicações vão ultrapassar largamente o complexo energético" e afectar o crescimento mundial, argumentou.