Ilustração
"Coral", capas de livros com uma alma nova
“Bonjour Tristesse” não é só de Françoise Sagan. "Pippi das Meias Altas", de Astrid Lindgren, continua a divertir-se. E “Bonsai”, de Alejandro Zambra, ganhou novas raízes. 28 ilustradores escolheram um livro e tomaram conta dele como se também fosse seu. "O primeiro contacto que temos com uma obra literária é, na maior parte das vezes, através da capa do livro. O livro, enquanto artefacto impresso, apresenta-se através da sua capa pela visão dos ilustradores. A forma como são traduzidas as narrativas num discurso visual, é conjugada pela abordagem interpretativa do ilustrador numa estratégia reveladora dos seus conteúdos, sem por isso limitar o papel activo do leitor", escreve Júlio Dolbeth, curador da exposição "Coral, Um Livro, Uma Capa", na Galeria Municipal do Porto, na Biblioteca Almeida Garrett, Jardins do Palácio de Cristal. "Recorremos à obra poética de Sophia de Mello Breyner como metáfora de harmonia para a proposta temática da Feira do Livro do Porto, o livro como expoente de Felicidade. Coral, uma antologia de poemas com primeira edição de 1950, revisita a mitologia greco-romana e apela à busca do divino e da perfeição. A diversidade das abordagens visuais descritas pelos ilustradores conjugam-se num ecossistema harmónico à semelhança de um atol de corais, com múltiplas formas e cores, em busca de um habitat perfeito."