Paços foi o primeiro a travar caminhada do Sporting

Ainda não foi desta que o Sporting venceu os primeiros quatro jogos oficiais da época. Os pacenses foram os responsáveis pela manutenção deste registo negativo que já dura desde a época de 1990-91.

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Carrillo foi o autor do primeiro golo da partida PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP

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O relógio marcava 17h37. E a azáfama nos arredores do Estádio José Alvalade era enorme. Um rebuliço impulsionado pelo rugido de “leão” nesta fase inicial da temporada. Sócios e adeptos, vestidos a rigor com cachecóis e camisolas a condizer, ditavam o ritmo. Os minutos iam passando e a ansiedade para que a partida começasse era visível. Insaciáveis, os apoiantes “leoninos” queriam festejar mais um triunfo. Às 18h18, o estádio quase vinha abaixo quando o speaker anunciou os “onzes” dos dois conjuntos e mencionou o nome de Jorge Jesus.

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O Paços, contudo, não teve medo de assumir o jogo, com rápidas combinações entre o meio-campo e a zona mais avançada, que obrigaram Rui Patrício a vestir a pele de bombeiro.

Com duas alterações no “onze” de gala de Jesus, já a pensar na decisiva segunda mão do play-off de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões, os indiscutíveis Adrien Silva e Teo Gutiérrez foram substituídos por Aquilani e Montero. E os “leões” demoraram a assumir as rédeas da partida. Os homens da casa apresentavam um futebol demasiado pastoso, com muitas perdas de bola e sem velocidade. A excepção ocorria quando Carrillo pegava na bola. E foi o peruano a dar um safanão no futebol sportinguista e a inaugurar o marcador.

Empolgados pela vantagem, os “leões” foram em busca do segundo golo. Em cima do intervalo, já dentro da grande área “pacense” Slimani pareceu ter sido carregado em falta por João Góis, mas o árbitro Manuel Oliveira nada assinalou.

Apesar da vantagem,Jorge Jesus mexeu na equipa. Saiu Fredy Montero e entrou para o seu lugar o veloz Gelson Martins. Com esta mudança Carrillo passou a ocupar terrenos mais centrais, actuando no apoio mais directo a Slimani. O Sporting queria agora mais, mas pecava na finalização.

Com o desperdício “leonino”, o Paços foi ganhando confiança. Até que ao minuto 79 o árbitro assinalou penálti para os pacenses e expulsou João Pereira, após falta sobre Cícero. Pelé, médio emprestado pelo Benfica, não falhou a conversão do castigo máximo e reduzido a dez elementos, com pouco tempo para marcar, o Sporting foi incapaz de repetir o que tinha conseguido na jornada inaugural — um golo redentor nos instantes finais. Estava consumado o primeiro tropeção do “leão”.