Perseguição ou triunfo da justiça?
A detenção, para demorado interrogatório, do ex-Presidente francês Nicolas Sarkozy é apresentada pelos seus apoiantes como um golpe político. Isto porque ele se preparava para concorrer à liderança do seu partido (UMP) em Outubro, como primeiro passo para regressar à Presidência da França. Mas as acusações contra Sarkozy são graves, “tráfico de influências” e “violação do segredo de justiça”, e estando ligadas ao seu mandato e não à margem dele, quando mais cedo se apurar a verdade melhor. Se a justiça for célere e Sarkozy (agora constituído arguido) for ilibado das acusações, poderá apresentar-se perante o seu partido e o país livre de suspeitas; mas se ficar provado o seu envolvimento em tais ilegalidades, terá de prestar contas à justiça como qualquer outro cidadão. Num e noutro caso, trata-se de um triunfo da justiça. Provando que um Presidente não está imune à investigação e que, se estiver inocente, nada terá a temer face ao futuro.
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A detenção, para demorado interrogatório, do ex-Presidente francês Nicolas Sarkozy é apresentada pelos seus apoiantes como um golpe político. Isto porque ele se preparava para concorrer à liderança do seu partido (UMP) em Outubro, como primeiro passo para regressar à Presidência da França. Mas as acusações contra Sarkozy são graves, “tráfico de influências” e “violação do segredo de justiça”, e estando ligadas ao seu mandato e não à margem dele, quando mais cedo se apurar a verdade melhor. Se a justiça for célere e Sarkozy (agora constituído arguido) for ilibado das acusações, poderá apresentar-se perante o seu partido e o país livre de suspeitas; mas se ficar provado o seu envolvimento em tais ilegalidades, terá de prestar contas à justiça como qualquer outro cidadão. Num e noutro caso, trata-se de um triunfo da justiça. Provando que um Presidente não está imune à investigação e que, se estiver inocente, nada terá a temer face ao futuro.