Direita ganhou terreno nas sondagens
Diferença segundo a última projecção pode chegar a 16 deputados a mais para os populares.
A vantagem dos populares foi conseguida sobretudo por melhores resultados na Polónia e Finlândia, e os socialistas foram perdendo, ao longo da campanha, apoios em países como a França, Reino Unido, Polónia e Hungria.
A verificar-se estes resultados, em comparação com o Parlamento Europeu que saiu das últimas eleições, em 2009, os populares perderiam 58 eurodeputados e os socialistas ganhariam sete.
No entanto, os responsáveis pela sondagem calculam, tendo em conta as margens de erro das últimas sondagens e com base em mil simulações, que haja uma hipótese de 15% de que o centro-esquerda ultrapasse o centro-direita.
Quanto aos partidos que defendem a saída dos seus países da União Europeia, o UKIP mantém-se na primeira posição nas projecções (a verificar-se o resultado, seria a primeira vez que um partido para além do trabalhista ou do conservador ganha uma votação nacional) e a Frente Nacional é também o mais bem posicionado em França.
Os partidos eurocépticos em geral poderão aumentar em cerca de três vezes o número actual de eurodeputados, chegando a uma centena.
A pequena diferença entre os dois principais grupos aumenta a possibilidade de que seja escolhido um candidato de consenso, especialmente se os dois tiverem de se coligar a nível europeu, dizem analistas.
A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que irá conversar com o seu parceiro de coligação, o Partido Social Democrata (SPD), para uma posição comum da Alemanha sobre os representantes alemães aos mais altos cargos europeus. O candidato europeu dos sociais-democratas é o alemão Martin Schulz. A chanceler tem sido evasiva sobre a pretensão dos candidatos de um deles suceder a Durão Barroso, tendo já dito que “não haverá automatismo” na escolha do conservador Jean-Claude Junker ou de Schulz, para depois garantir que “tudo será feito para que o voto das eleitoras e eleitores se reflicta” na escolha do presidente, continuou.
A iniciativa de propor um nome do futuro presidente da Comissão Europeia é do conselho, ou seja, do conjunto de chefes de Estado e de governo dos 28, que sugerirá um nome ao Parlamento Europeu, que este depois aprova. “É preciso uma maioria no conselho e no Parlamento, por isso vamos falar sobre isso depois da eleição de domingo”, disse a chanceler alemã, numa entrevista ao jornal Leipziger Volkszeitung.