Blatter continua a achar Ronaldo um comandante e a preferir Messi
O presidente da FIFA confessou que os chefes de Estado da França e da Alemanha pressionaram para que o Mundial 2022 fosse no Qatar.
O suíço, que falava numa conferência de imprensa após ter sido recebido em Roma pelo Papa Francisco, reafirmou que não retira nada ao que disse no passado sobre o jogador português.
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O suíço, que falava numa conferência de imprensa após ter sido recebido em Roma pelo Papa Francisco, reafirmou que não retira nada ao que disse no passado sobre o jogador português.
"Para mim, continua a ser um excepcional jogador e um extraordinário comandante em campo", assegurou Blatter, em declarações aos meios de comunicação italianos.
Blatter também insistiu que não vê qualquer problema em ter manifestado preferência pelo argentino Lionel Messi, que, tal como Cristiano Ronaldo, é candidato à Bola de Ouro 2013, prémio da FIFA que distingue o melhor jogador de futebol do mundo.
"Obviamente que cada um de nós, no nosso coração, tem um favorito", disse o presidente da FIFA numa referência aos candidatos ao prémio, cuja atribuição resulta de uma votação de seleccionadores, capitães de equipa das selecções e jornalistas.
Após o incidente em que imitou os gestos de Cristiano Ronaldo, e face a críticas de vários quadrantes, o presidente da FIFA emitiu um pedido de desculpas público ao jogador português.
Blatter procurou ainda afastar as críticas quanto à escolha do Qatar para anfitrião do Mundial de 2022, na sequência de um relatório da Amnistia Internacional que indica que os trabalhadores envolvidos nas obras dos estádios daquele país são "tratados como animais".
O presidente da FIFA afirmou que empresas europeias, bem como a França e a Alemanha, fizeram pressão sobre a FIFA para que escolhesse o Qatar, por "interesse económico".
"Os europeus estão descontentes, mas foi a pressão de países europeus que levou o Mundial ao Qatar, devido aos interesses económicos. (...) Dois dos países que fizeram pressão foram a França e a Alemanha... Os políticos e os chefes de Estado desses países devem dizer o que pensam sobre a situação. Não pode ficar tudo nos ombros da FIFA", disse.
Blatter, que disse que a FIFA considera "deplorável" a situação laboral no Qatar, acrescentou que "as grandes empresas a trabalhar lá são europeias, na sua maioria", e que os empreiteiros "são responsáveis" pelos trabalhadores.