Ryanair anuncia segunda revisão em baixa dos resultados anuais
Maior concorrência e clima económico europeu complicam as contas à low-cost irlandesa
Se em Setembro a Ryanair surpreendeu os mercados com o aviso de que os resultados anuais andariam algures entre os 570 e os 600 milhões de euros no ano fiscal que termina em Março (quando no período anterior os resultados tinham atingido os 569 milhões de euros), o segundo profit warning (aviso sobre lucros) veio colocar a fasquia ainda mais baixa.
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Se em Setembro a Ryanair surpreendeu os mercados com o aviso de que os resultados anuais andariam algures entre os 570 e os 600 milhões de euros no ano fiscal que termina em Março (quando no período anterior os resultados tinham atingido os 569 milhões de euros), o segundo profit warning (aviso sobre lucros) veio colocar a fasquia ainda mais baixa.
Nesta segunda-feira, a empresa presidida por Michael O'Leary anunciou que os resultados não irão além de 520 milhões de euros, tudo por causa do aumento da concorrência e pelo clima económico na Europa, que diminuiu a procura. Desde Setembro a empresa já teve de reduzir tarifas e voos.
Segundo a Ryanair, as suas tarifas cairão cerca de 9% no terceiro trimestre e 10% no último trimestre do exercício e nos próximos 12 meses haverá um abrandamento do tráfego aéreo, depois de duas décadas consecutivas de expansão.
No primeiro semestre fiscal, o lucro da Ryanair cresceu 1% face ao período homólogo, atingindo 602 milhões de euros, enquanto as receitas subiram 5% para 3255 milhões de euros.
A transportadora registou cerca de 49 milhões de passageiros, mais 2% que no período anterior. Pelo contrário, as tarifas recuaram 2%, mas a empresa conseguiu compensar esta redução com um aumento de 22%, para 713 milhões de euros, dos serviços extra vendidos a bordo dos seus voos.