PS recusa que tenha havido desagravamento do desemprego em Portugal
"O que aconteceu hoje é que o Eurostat veio dizer que, em Julho, se enganou. Afinal, o número de desempregados em Julho ainda foi maior do que aquele que o Eurostat comunicou à data, e em Agosto não houve alteração da situação e o desemprego mantém-se nos 16,5%", afirmou.
De acordo com o boletim do gabinete oficial de estatísticas da União Europeia (Eurostat), a taxa de desemprego em Portugal, em Agosto, situou-se nos 16,5%.
Questionado sobre os números agora divulgados, Nuno Sá, coordenador dos deputados do PS na comissão parlamentar de Segurança Social e Trabalho, afirmou que "não houve nenhum desagravamento" do desemprego em Portugal de Julho para Agosto, sublinhando que "a informação adicional que o Eurostat dá é a revisão em alta dos números do desemprego em Julho".
"A situação do desemprego e os números são exactamente os mesmos em Julho e em Agosto, há até um agravamento, se quisermos, em Julho, um aumento para os 16,6%, e não houve nenhum desagravamento, infelizmente, do desemprego em Portugal", declarou.
O deputado socialista acrescentou que, para o PS, "a questão fundamental, para além dos números dramáticos do desemprego", é "haver um aumento dramático do número de portugueses que não recebem qualquer tipo de apoio".
"Existem hoje, em Portugal, mais de 500 mil desempregados sem emprego e sem qualquer tipo de apoio por parte do Estado, e este é o problema que mais preocupa o PS, do ponto de vista social, no que toca ao desemprego", disse.