Taliban paquistaneses proíbem homens de usarem calças no Ramadão

Em 2011 os islamistas queimaram milhares de metros de tecidos "não apropriado".

Foto
Primeira sexta-feira do Ramadão na mesquita de Data, em Lahore ARIF ALI/AFP

Segundo uma ordem dos taliban, ciada pelo jornal saudita Al-Riyadh, os comerciantes que venderem roupa "não apropriada" durante o Ramadão serão multados numa soma equivalente a 400 euros. As roupas "apropriadas" são as que cobrem o corpo, estando também os homens interditados de usarem tecidos que possam ser transparentes à luz.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Segundo uma ordem dos taliban, ciada pelo jornal saudita Al-Riyadh, os comerciantes que venderem roupa "não apropriada" durante o Ramadão serão multados numa soma equivalente a 400 euros. As roupas "apropriadas" são as que cobrem o corpo, estando também os homens interditados de usarem tecidos que possam ser transparentes à luz.

Os alfaiates são ameaçados – podem ser raptados e espancados – se forem apanhados a fazer fatos "não islâmicos".

A ordem não menciona as mulheres, pois estas devem cumprir sempre o mesmo código de vestuário, estando obrigadas a usar a burca que as cobre da cabeça aos pés.

Os taliban paquistaneses concentram-se na zona de fronteira com o Afeganistão e já tinham realizado uma cruzada contra as colants e as calças justas para homens. 

Em 2011, um grupo de taliban realizou um raide nas lojas da cidade de Wana, confiscando todas as roupas que consideraram não respeitar as suas regras. Um comerciante local disse à AFP que milhares de metros de tecidos "não apropriados" foram queimados.

"[Em 2011] confiscaram grandes lotes de tecidos que disseram ser demasiado fino e há uma semana avisaram-nos para não vendermos certas roupas", disse o comerciante.