Começou no Estádio da Luz a corrida aos bilhetes para Amesterdão

Nesta segunda-feira foram colocados à venda 3794 ingressos para a final da Liga Europa, no próximo dia 15.

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Daniel Rocha

A meio da manhã já existia uma fila de acesso à venda no interior do recinto, com a aquisição inicial destinada apenas a sócios fundadores do clube, que mediante apresentação de cartão podiam levantar um voucher para a final de 15 de Maio, com o Chelsea.

“Este é o espírito benfiquista”, disse em declarações à agência Lusa João Campos, um estudante de 25 anos, que comprou bilhete, mas ainda procura alternativas para viajar até Amesterdão, agora que os bilhetes de avião estão mais caros.

João Campos não tem memória da última final do Benfica, em 1990 com o AC Milan na Liga dos Campeões (derrota por 1-0), por ainda ser muito novo, mas disse estar optimista para esta Liga Europa, com os “encarnados” a apurarem-se após eliminarem o Fenerbahçe.

O Benfica teve direito a 9807 bilhetes, tantos quanto o Chelsea, com valores de 40, 70, 100 e 135 euros.

Nesta segunda-feira, os ingressos destinam-se apenas a sócios fundadores, num total de 3794, e na terça-feira são postos à venda os destinados a “red pass” e “centenarium” (cerca de 1200) e que, tal como os fundadores, têm direito a todos os jogos na Luz.

Na quarta-feira, a venda já se dirigirá a todos os sócios do clube com “red pass”, o cartão de sócio que inclui os jogos da Liga portuguesa, e que deverá ainda contemplar cerca de 4800 associados.

“Vou esperar até quarta-feira, a ver se consigo um bilhete”, revelou o sócio Américo Mineiro, de 67 anos, que ainda não teve hipótese de adquirir o ingresso, por não ser sócio fundador.

Com três bilhetes na mão saiu José Toscano, de 56 anos, que esteve na última final europeia. “Estive em Viena e esta é para ganhar. É dificílimo, mas em dez [finais], três calham bem”, referiu o adepto “encarnado”.

Com redobrado otimismo estava Pedro Canelas, um estudante de 24 anos, que reservou bilhete para a final ainda antes de o Benfica passar o Newcastle nos quartos-de-final e sem saber quais seriam os finalistas. “Com o Chelsea é 50/50 por cento de favoritismo”, disse o estudante.

Uma opinião partilhada por Maria, uma jovem sócia desde 1999, que fugiu da confusão e adquiriu o bilhete nas bilheteiras, mais vazias, no exterior do recinto.

Com o Chelsea, o Benfica disputará a nona final da sua história, num registo em que apenas venceu por duas vezes: nas finais de 1961 e 1962 da Taça dos Clubes Campeões Europeus, com Barcelona (3-2) e com Real Madrid (5-3).