BCP fecha acordo para vender unidade grega ao Piraeus Bank
Millennium Bank, detido pelo BCP, vai concluir aumento de capital de 400 milhões até ser comprado pelo Piraeus.
Para cumprir as regras do Banco Central da Grécia, o Millennium Bank tem de reforçar capital, o que o obriga o BCP a converter 400 milhões de euros de financiamento na sua unidade grega até a venda estar concluída, explica o banco português num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Para cumprir as regras do Banco Central da Grécia, o Millennium Bank tem de reforçar capital, o que o obriga o BCP a converter 400 milhões de euros de financiamento na sua unidade grega até a venda estar concluída, explica o banco português num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Deste pacote, 139 milhões já foram concluídos em Dezembro, faltando investir os restantes 261 milhões de euros. Ao Piraeus Bank, o actual accionista provisionou ainda 427 milhões de euros para “perdas potenciais”.
Por uma linha de financiamento investida no Millennium Bank, o BCP vai ser reembolsado de forma faseada em 900 milhões de euros. Quando a operação de venda for fechada, recebe cerca de 650 milhões de euros e, seis meses mais tarde, um segundo envelope financeiro, de 250 milhões de euros.
A alienação, que teve o Citigroup Global Markets Limited como consultor financeiro, vai permitir ao BCP “desconsolidar cerca de 4000 milhões de euros” de activos ponderados pelo risco. O impacto da transacção no capital do banco português “dependerá da evolução do valor da participação no Piraeus Bank”.
A saída do BCP do Millennium Bank, no quadro da reestruturação do sector financeiro helénico, permite ao grupo presidido por Nuno Amado travar o impacto negativo dos maus resultados da unidade grega nas suas contas.
Na Bolsa de Lisboa, as acções do BCP destacavam-se esta manhã com uma subida de 3,16%. Com a cotação nos 9,8 cêntimos, o banco era, às 11h, o título que registava a maior subida do PSI-20, o principal índice da Bolsa de Lisboa. Na praça ateniense, o Piraeus Bank era também a cotada que mais valorizava. Com uma subida de 15,08%, os títulos avançavam para 0,229 euros.