Nem com “dois autocarros” o Olhanense parou o Benfica
O argentino Salvio marcou o primeiro golo do Benfica em Olhão e abriu o caminho para a vitória.
“Fruto do sucesso que a equipa vem tendo”, palavras de Jesus, o Benfica viajou para Olhão com três interrogações na comitiva: Salvio, Matic e Enzo.
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“Fruto do sucesso que a equipa vem tendo”, palavras de Jesus, o Benfica viajou para Olhão com três interrogações na comitiva: Salvio, Matic e Enzo.
O treinador tinha mesmo afirmado que era “muito difícil Salvio e Matic estarem no jogo”, mas como os “encarnados” já entram na fase de “colocar a carne toda no assador”, os dois foram titulares e acabaram por ser decisivos.
Para além de colocar os argentinos e o sérvio em campo, Jesus guardou uma surpresa para o “onze”: André Almeida jogou na esquerda, no lugar do castigado Melgarejo.
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Nos algarvios, apesar das ameaças de greve, Manuel Cajuda tinha conquistado na jornada anterior uma saborosa vitória em Aveiro.
Para defrontar o Benfica, o técnico, que “se pudesse colocava dois autocarros em frente à baliza”, tinha meia dúzia de indisponíveis e o “onze” escolhido foi o esperado: nenhum jogador fixo na área benfiquista e uma equipa de tracção bem atrás.
A cinco vitórias da conquista do título, Jesus tinha uma mini-maldição para ultrapassar: desde que os algarvios regressaram à I Liga, o Benfica registou três empates para o campeonato em Olhão.
No entanto, após Hugo Miguel apitar para o pontapé de saída, rapidamente se percebeu que, com maior ou menor dificuldade, os lisboetas iam conseguir o triunfo.
Com os “dois autocarros em frente à baliza”, o Olhanense entregou o jogo ao Benfica e as oportunidades para os “encarnados” não demoraram a surgir.
Rodrigo (6’ e 14’), Salvio (7’ e 24’) e Lima (20’, 40’ e 45’) podiam ter tranquilizado os adeptos benfiquistas ainda na primeira parte, mas a inspiração de Bracali ou a falta de pontaria dos avançados manteve o resultado a zero nos primeiros 45 minutos.
Apesar de não ter feito qualquer substituição ao intervalo, Jesus colocou após o recomeço Cardozo, Ola John e Aimar a aquecer, mas o treinador não necessitou de mexer para mudar o rumo do jogo.
Aos 52’, na primeira oportunidade do Benfica na segunda parte, Salvio rematou forte, de fora da área, e inaugurou o marcador.
O “muro” dos algarvios, que remataram pela primeira vez à baliza de Artur aos 57’, ruía aí. Doze minutos depois do primeiro, a premiar uma grande exibição, Matic fez o 2-0 e acabou com as dúvidas.
Formatado para defender, o Olhanense não reagia, o Benfica já podia pensar no jogo de Newcastle e Artur fez a primeira (e única) defesa na partida aos 89’. Sintomático.