Itália paga 40 mil milhões de euros aos fornecedores para estimular economia

Governo de Mario Monti quer amortizar parte da dívida pública para acabar com situação "inaceitável".

Foto
Monti diz que a situação é "inaceitável" ANDREAS SOLARO/AFP

“Itália aprovou hoje um decreto-lei urgente para pagar as dívidas do sector público”, declarou o chefe do Governo em Roma, acrescentando que quer acabar com uma “situação inaceitável”.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

“Itália aprovou hoje um decreto-lei urgente para pagar as dívidas do sector público”, declarou o chefe do Governo em Roma, acrescentando que quer acabar com uma “situação inaceitável”.

Em termos de atrasos nos pagamentos do Estado aos seus fornecedores “Itália encontra-se na mesma situação, ou talvez ligeiramente pior do que Portugal, Espanha ou Grécia e claramente pior do que a Grã-Bretanha, Alemanha ou Finlândia”, admitiu Monti.

“Isto significa um custo para o mundo dos negócios e para o país como um todo. É uma situação inaceitável”, acrescentou.

No final de 2011, as dívidas acumuladas do Estado às empresas privadas eram estimadas em cerca de 90 mil milhões de euros.

O pagamento parcial destas dívidas pode começar já nesta segunda-feira, logo após a publicação do decreto-lei. Esta medida pode ser um balão de oxigénio numa altura em que a economia italiana está mergulhada numa profunda recessão (-2,4% em 2012) e em que o crédito tem vindo a tornar-se cada vez mais escasso.