José Couceiro: "Os cheques têm entrado e o passivo tem aumentado"

O candidato à presidência do Sporting sublinha que o que tem falhado é a gestão desportiva, não a capacidade de financiamento.

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José Couceiro suspendeu as acções de campanha previstas para esta sexta-feira Miguel Manso

A actual crise leonina não foi um problema de falta de dinheiro, afirmou Couceiro nesta terça-feira, durante um encontro com jornalistas. "O que falhou foi a gestão desportiva. Não a capacidade de o Sporting se financiar. Os cheques têm entrado e o passivo tem aumentado.  Há um problema estrutural", frisou o candidato da Lista C, para quem os problemas imediatos de tesouraria terão de ser resolvidos "em negociação directa com a banca". "A exploração é deficitária. Se o Sporting ficasse a zero com a sua dívida, teria de pedir um empréstimo à banca", acrescentou o antigo treinador.

Para Couceiro, o grande motor do clube tem de ser o futebol, com especial incidência na valorização dos jogadores formados na academia de Alcochete, mas não em exclusivo. "Não podemos viver só da academia. Temos jogadores de potencial e é preciso saber fazer um plantel", observou, reconhecendo que, se for eleito, o orçamento para o futebol profissional terá um "corte substancial".

Sobre o futuro de Jesualdo Ferreira, Couceiro revelou que só irá conversar com o actual treinador leonino depois das eleições em que concorre com Bruno de Carvalho e Carlos Severino.

Acerca da composição da SAD sportinguista, o candidato revelou que irá "ao mercado" para contratar um chief financial officer (CFO) e que não o choca "a cedência da maioria de capital da SAD".

Nesta terça-feira, dois diários desportivos publicaram sondagens que apresentam resultados distintos, uma que dá uma vantagem substancial a Bruno de Carvalho, outra que coloca Couceiro na frente. O candidato desvaloriza quaisquer que sejam os números destes estudos de opinião, frisando que, nas últimas eleições, "falharam completamente". 

Notícia corrigida às 16h40: José Couceiro é o candidato da Lista C

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