Jesualdo Ferreira: "Podíamos ter perdido tudo"
O técnico do Sporting considera que a vitória a fechar a primeira volta é importante para a equipa.
“Ainda há muito trabalho pela frente. Enquanto foi possível raciocinar, controlar as emoções, o cansaço e a ansiedade, a equipa esteve bem. Depois, foi mais difícil e então depois do golo e de falhar o penálti podíamos ter perdido tudo.”
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“Ainda há muito trabalho pela frente. Enquanto foi possível raciocinar, controlar as emoções, o cansaço e a ansiedade, a equipa esteve bem. Depois, foi mais difícil e então depois do golo e de falhar o penálti podíamos ter perdido tudo.”
“Estes jogadores já ganharam muitas coisas, mas têm de ganhar muito mais. Ainda falta muito trabalho e muita concentração. Eles quiseram, pensaram muito o jogo e por isso talvez não tivéssemos sido tão criativos e tão rápidos.”
“Esta vitória é importante para fechar a primeira volta e agora vamos tentar descansar para ver se as coisas se tornam mais fáceis para nós. Vamos ter problemas, a equipa é muito jovem também e temos de crescer mais um bocadinho, pôr-nos em bicos de pés e ser mais fortes.”
[Sobre o penálti falhado] “Não se pode falhar um penálti naquela altura. Vamos tentar encontrar razões para alguns comportamentos que foram acontecendo no Sporting e trabalhar sobre eles. Aqui não há milagres, nem varinhas. Há trabalho e a crença que os jogadores têm de ter nas capacidades que têm.”
“Penálti que não existiu”, acusa Ulisses Morais
O treinador do Beira-Mar, Ulisses Morais, disse que a sua equipa fez um bom jogo e queixou-se do árbitro Cosme Machado. “Na primeira parte fizemos um jogo muito bom ao nível da organização, e queríamos atacar a segunda parte da mesma forma, mas ficámos limitados porque a entrada do Saleh estava adequada a isso e ele teve de sair. Fizemos um jogo competentíssimo, sem ansiedade. Não nos perturbámos depois de sofrer o golo e podíamos ter saído daqui com outro resultado”, começou por dizer, na entrevista após o final da partida.
“Posso queixar-me da dualidade de critérios da equipa de arbitragem na interpretação das faltas e na aplicação dos cartões amarelos. E também da forma como apitou um penálti contra nós que penso que não existiu. Mérito para o Rui [Rego], que defendeu. Acreditámos depois e fomos em busca disso, mas o Rui Patrício também esteve lá para defender [o penálti]”, acrescentou o técnico.
A derrota não tirou confiança a Ulisses Morais, que acredita numa segunda volta “muito idêntica” ao que foi o segundo terço da primeira volta dos aveirenses. “A equipa vai continuar a crescer e vamos alcançar os nossos objectivos. Não levámos pontos deste jogo, mas todos ficaram com a ideia de que vamos conseguir”, concluiu.