Jesualdo: "Esta equipa precisa de sentir sucesso"
Técnico do Sporting acredita que a equipa vai melhorar com o tempo.
Jesualdo Ferreira
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Jesualdo Ferreira
“Esta equipa precisa de suporte psicológico, confiança e de sentir sucesso, apoio e, acima de tudo, que tem capacidade para conseguir níveis mais altos. A única forma que eu conheço para conseguir melhorar estas questões é com tempo e trabalho. Como sabem, tempo não temos muito, mas, à medida que formos ganhando os jogos, e eu sei que isso vai acontecer, a equipa vai ultrapassar etapas e, no fundo, vai ser mais equipa.”
“Estes jogadores precisam que se acredite neles e eu acredito neles. O Zezinho é um caso desses, como outros que haverão na equipa B, que vão ter de lutar pelo seu espaço, e é um miúdo com muita qualidade, mas ainda está longe de se poder dizer onde pode chegar.”
“Não é por se ganhar um jogo que se ultrapassam coisas que são visíveis, mas ganhar é importante para se ter confiança. Este é um trabalho que não tem tempo, mas eu penso que os jogadores, tanto ou mais do que eu, querem sucesso, porque ninguém gosta de estar indiciado como mau jogador. Há aqui jogadores que são claramente melhores do que aquilo que apresentam.”
“Eu ouço mal, percebi que estavam a cantar [após o golo], pensava que estavam satisfeitos. Quando não há apoio é óbvio que ninguém se sente bem, mas há uma opção clara que as pessoas têm de tomar: apoiam ou não apoiam. Nós vamos fazer o nosso trabalho e vamos esperar que as pessoas gostem e nos apoiem. Para mim é indiferente, mas para os jogadores é importante porque eles é que jogam.”
Paulo Fonseca
“Perdemos aqui a dois minutos do fim, quando nada o fazia prever. Sabíamos que o Rio Ave estava a vencer, mas a dois minutos do fim é difícil inverter. Fizemos um jogo personalizado, tivemos sempre o controlo do jogo e atrevo-me a dizer que o resultado é injusto, porque o Sporting raramente teve ocasiões de perigo. Mas a verdade é que também não conseguimos ser eficazes na finalização.”
“O lance [do golo do Sporting] começa bem antes e parece-me que há falta. Depois, demos algum espaço para o cruzamento do Capel para uma zona da área, onde surge o Wolfswinkel a surpreender o Cássio.”
“Não nos limitámos a defender e atrevo-me a dizer que tivemos mais bola do que o Sporting. Estou triste com o resultado e com o afastamento das meias-finais da Taça da Liga, mas extremamente orgulhoso da minha equipa, porque acho que fomos injustamente eliminados por causa do critério de desempate, uma vez que até ganhámos ao Rio Ave.”
“Sinceramente não notei grande diferença na forma de jogar da equipa do Sporting. Era difícil ao professor Jesualdo Ferreira proceder a grandes mudanças em tão pouco tempo. Os jogadores do Paços de Ferreira só souberam que o Rio Ave estava a vencer no final do jogo, o que aconteceu foi que a entrada do Zezinho, ele veio buscar a bola mais atrás, por isso tenho a certeza que o resultado do Rio Ave não teve qualquer influência no nosso jogo.”