Platini contra a tecnologia da linha de baliza

O presidente da UEFA mantém-se irredutível contra este método, que está a ser testado no Mundial de Clubes.

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Platini diz que não compensa o investimento para um ou dois golos por ano John Schults/Reuters

Platini afirmou, em conferência de imprensa realizada na capital da Malásia, Kuala Lumpur, que os árbitros de baliza são uma forma “mais barata” de determinar se a bola passa a linha de golo, avisando contra os perigos de uma “invasão” da tecnologia no jogo.

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Platini afirmou, em conferência de imprensa realizada na capital da Malásia, Kuala Lumpur, que os árbitros de baliza são uma forma “mais barata” de determinar se a bola passa a linha de golo, avisando contra os perigos de uma “invasão” da tecnologia no jogo.

Segundo o presidente do organismo que tutela o futebol europeu, introduzir a tecnologia na linha de golo custaria à UEFA 50 milhões de euros em cinco anos, o que, na sua opinião, não faz sentido “apenas por um ou dois golos por ano”.
 
“Se o árbitro de baliza está a um metro da linha e usa óculos de qualidade, ele pode ver se a bola entra ou não”, sublinhou.

Platini tem mantido uma posição de intransigência relativamente à introdução da tecnologia no futebol, afirmando que, se for permitida a sua entrada, a tecnologia tomará conta do jogo.

O Mundial de Clubes, que se está a realizar em Tóquio (6 a 16 de Dezembro), está experimentar o “Olho de Falcão”, que usa um sistema de câmaras de vídeo, e o “GoalREF, que utiliza um campo magnético para verificar se a bola passa a linha de golo, com um custo de um milhão de euros para os oito jogos.

O campeão da Europa, Chelsea, estreia-se na competição na quinta-feira, ao defrontar os mexicanos do Monterrey, na meia-final.

Michel Platini aproveitou a conferência de imprensa para rejeitar também a hipótese de se disputarem jogos do Euro 2020 fora da Europa.

“Recebi vários pedidos de federações nacionais da Europa [para organizar o Euro 2020]. E se eu lhes responder 'não, não vamos jogar no nosso continente, mas noutro qualquer', eles matam-me”, concluiu.

O processo de candidatura das cidades para organizar a competição começa em Maio de 2013, com as decisões finais sobre o assunto a serem tomadas pela UEFA em princípios de 2014.

O próximo campeonato da Europa realiza-se em 2016, em França, e terá como novidade o aumento do número de equipas, de 16 para 24.