Adeus Hotmail, olá Outlook.com

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Já foi um dos serviços de email mais populares mas não sobrevive à concorrência Foto: DR

Ao que tudo indica, o veterano Hotmail não vai morrer de um momento para o outro. As pessoas que fazem uso deste serviço - e não são poucas: mais de 350 milhões em todo o mundo - continuarão a receber mensagens, mas a determinada altura essa inbox onde continuarão a ser despejados os emails será integrada no novo serviço.

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Ao que tudo indica, o veterano Hotmail não vai morrer de um momento para o outro. As pessoas que fazem uso deste serviço - e não são poucas: mais de 350 milhões em todo o mundo - continuarão a receber mensagens, mas a determinada altura essa inbox onde continuarão a ser despejados os emails será integrada no novo serviço.

Alguns analistas indicam que esta decisão da Microsoft só peca por tardia, depois de vários anos a perder terreno para o Gmail, o serviço de email do Google.

Com esta manobra, a Microsoft pretende, por um lado, fazer uma mudança radical na apresentação do serviço de correio electrónico e, por outro, integrar o email dos seus utilizadores com todas as actuais ferramentas sociais, incluindo o Skype, empresa que a Microsoft comprou em Maio do ano passado.

“Estamos a apresentar o primeiro serviço de email ligado ao Facebook, Twitter, LinkedIn, Google e, muito em breve, ao Skype, a fim de trazermos contexto e comunicações relevantes aos vossos emails”, escreveu Chris Jones, da Microsoft, no blogue oficial da empresa.

“Com o novo Outlook.com, o vosso email pessoal ganha vida com fotografias dos vossos amigos, actualizações de estado e tweets que os vossos amigos partilharam convosco, a capacidade de falar via chat e através de videochamadas - tudo isto alimentado por uma lista de contactos actualizada que está ligada às vossas redes sociais”, adianta a mesma fonte.

O novo email da Microsoft terá igualmente ligação ao SkyDrive - o serviço de armazenamento “na nuvem” [em cloud-computing. Isto faz supor um ataque directo ao serviço Google Drive, mas também aos concorrentes Dropbox e Sugarsync. Paralelamente, os utilizadores do popular Messenger também continuarão a poder usar este serviço. A mudança será automática.

Há outras duas mudanças radicais a registar: por um lado o fim total da publicidade. O Outlook.com será gratuito mas não incluirá anúncios. Brian Hall, responsável máximo pelo Windows, considera que esta é uma forma de ganhar a confiança dos seus utilizadores. “O nosso nível de privacidade será superior. Ninguém constará de nenhuma base de dados nem serão mostrados anúncios”. Esta manobra poderá ser encarada como um desafio directo ao Gmail, que apresenta anúncios contextuais.

Por outro lado, a segunda mudança radical radica na compatibilidade com outros sistemas. Será possível, a partir do Outlook.com, consultar outros emails, como o do Google e do Yahoo, por exemplo. Dito isto, fica claro que a Microsoft quer transformar o Outlook.com não apenas num novo serviço de email mas antes numa aplicação web a partir da qual é possível gerir várias contas e vias paralelas de comunicação, resume o diário espanhol “El País”.

O Outlook.com já está disponível - aconteceu sem pré-aviso - em 14 idiomas (incluindo Português) e com aplicações para tablets e smartphones Android (em breve disponíveis noutros sistemas operativos móveis).