Advogado de lesados do BPN defende criação de comissão para indemnizações

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“Há famílias inteiras a passar mal porque meteram as poupanças de uma vida no BPN”, afirmou Homem Rebelo Foto: Sara Matos/Arquivo

Arnaldo Homem Rebelo está hoje a ser ouvido pelos deputados da comissão de inquérito à nacionalização e reprivatização do BPN.

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Arnaldo Homem Rebelo está hoje a ser ouvido pelos deputados da comissão de inquérito à nacionalização e reprivatização do BPN.

Logo no início da audição, o advogado que contribuiu para a criação da Associação Nacional de Defesa dos Direitos dos Clientes do BPN disse que “seria positivo sair [da comissão parlamentar] uma recomendação ao Governo para haver uma resolução com os lesados [do BPN], pelo menos com pequenos lesados”.

“Há famílias inteiras a passar mal porque meteram as poupanças de uma vida no BPN”, justificou.

Para Arnaldo Homem Rebelo, se o Ministério das Finanças criasse uma comissão para negociar com os pequenos lesados, evitaria custos ao sistema judicial, “porque mais tarde ou mais cedo o Estado vai pagar”, disse.

Arnaldo Homem Rebelo tornou-se conhecido depois de ter ganho em tribunal o caso de uma idosa de 89 anos que subscreveu 100 mil euros em papel comercial da Cimentos Nacionais e Estrangeiros pensando que estaria a aplicar o dinheiro em depósitos a prazo. O Tribunal de Aveiro condenou o BPN a pagar 100 mil euros.

Além deste processo, Homem Rebelo disse que ganhou mais três processos contra o BPN. Os quatro processos estão todos em recurso, acrescentou.