"Estaleiro" de restauro no Palácio da Pena
Azulejos das cúpulas douradas recuperam a cor
A recuperação à vista dos turistas prolonga-se no Palácio da Pena (650 mil visitantes em 2011), também com visita guiada hoje de manhã. "O restauro da cobertura era essencial, porque não fazia sentido investir na recuperação do salão nobre e deixar entrar a chuva", salienta Bruno Martinho, conservador do monumento mandado construir na alto da serra por D. Fernando II. Os azulejos das cúpulas douradas recuperaram o amarelo-vivo. Os andaimes vão permanecer para se reabilitar a janela neomanuelina.
Os vitrais da capela, de 1841, foram restaurados em colaboração com a Universidade Nova de Lisboa. Numa sala foi montado um laboratório de pintura para restauro de telas do palácio e apoio a trabalhos universitários. Nas Escadas das Cabaças, que já foi a entrada principal, pelo Pórtico do Tritão, as pinturas murais estão a ser reavivadas. O mesmo destino está traçado para as pinturas de Eugénio Cotrim, de 1917, redescobertas na sala de estar da família real. Mas o principal "estaleiro" de restauro está montado no salão nobre. A recuperação das quatro estátuas em madeira dos "turcos-tocheiros" está em fase terminal. O mobiliário também foi expurgado de térmitas e outros bichos. As cadeiras ganham novos estofos. Os vitrais do salão nobre estão a ser reabilitados numa sala anexa. Uma colecção de vidros, dos séculos XIV a XIX, pode ser admirada na Sala dos Veados. L.F.S.