Makro inicia processo de rescisões voluntárias em Portugal
António Pinheiro, director de marketing e de comunicação, disse ao PÚBLICO que a empresa tem investido em novas tecnologias e novos “modelos operacionais” e precisa de “optimizar recursos”. “Com a introdução destes modelos uma das coisas que conseguimos ver é a produtividade e, comparativamente às congéneres internacionais, a produtividade em Portugal é a mais baixa”, disse. O quadro de pessoal da cadeia de cash and carry alemã é “desadequado” ao novo modelo operacional e, além disso, o contexto económico também não é favorável.
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António Pinheiro, director de marketing e de comunicação, disse ao PÚBLICO que a empresa tem investido em novas tecnologias e novos “modelos operacionais” e precisa de “optimizar recursos”. “Com a introdução destes modelos uma das coisas que conseguimos ver é a produtividade e, comparativamente às congéneres internacionais, a produtividade em Portugal é a mais baixa”, disse. O quadro de pessoal da cadeia de cash and carry alemã é “desadequado” ao novo modelo operacional e, além disso, o contexto económico também não é favorável.
“A Makro Portugal necessita de racionalizar e reduzir o número de efectivos da sua força laboral. Custos mais baixos e maior eficiência operacional são essenciais para garantir a competitividade necessária no mercado actual”, lê-se no comunicado oficial da empresa.
Em causa não está o encerramento de lojas e a empresa reserva-se no direito de não aceitar determinadas rescisões. António Pinheiro não adiantou quantos postos de trabalho a empresa pretende extinguir. O processo, que foi ontem iniciado, deverá estar concluído dentro de um mês.
A Makro está em Portugal desde 1990, altura em que inaugurou a primeira loja em Alfragide. Actualmente tem 11, sem planos de expansão, e emprega 1500 trabalhadores. Em 2010 facturou 400 milhões de euros.
O mercado do cash & carry em Portugal é dominado pela Makro e pelo Recheio (grupo Jerónimo Martins) que, juntas, têm uma quota de 60%.
A nível global, a Makro teve receitas de 31 mil milhões de euros em 2010 e está presente em 30 países. Pertence ao grupo Metro (dono da Media Markt), que facturou 67 mil milhões de euros, também no exercício de 2010.