Google deixa cair pesquisa em tempo real no Twitter
Os acordos do Twitter com a Google e com a Microsoft foram anunciados no mesmo dia. A saída de cena do Google Realtime Search tem, assim, outra explicação que não apenas o fim do contrato. A Google+, a rede social que está no centro da estratégia de futuro da empresa, é usada para defender a decisão – mesmo que por algum tempo.
“Os nossos planos passam por incluir a informação do Google+ no google.com/realtime, juntamente com dados em tempo real de outras fontes”, adiantou um porta-voz da Google à Search Engine Land. “O Twitter foi um parceiro valioso durante quase dois anos e continuamos abertos para colaborações futuras”, acrescentou.
O Washington Post releva a importância do Twitter no sucesso da pesquisa em tempo real e questiona-se sobre a viabilidade do projecto sem da rede de microblogging. O diário norte-americano vai mais longe e chega a especular, em rodapé, sobre uma eventual compra do Twitter pela Google.
O que a Google admite, para já, é o mínimo: que o seu motor de busca vai continuar a procurar resultados para as suas buscas no Twitter, através dos feeds públicos. Admite isso e a estratégia de concorrência ao Facebook, que no passado recusou contribuir com informação para o Google Realtime Search.
A empresa liderada por Mark Zuckerberg e a Google têm, aliás, posições opostas quanto aos dados disponibilizados pelos cibernautas nas redes sociais: o Facebook considera que as informações de que dispõe são suas; a Google entende que esses dados pertencem aos utilizadores.