França investiga alegações de pedofilia de antigo ministro

Num programa televisivo de ontem à noite, Ferry tinha afirmado que o antigo ministro, que não identificou, tinha sido apanhado numa orgia com jovens rapazes em Marrocos, e que fontes governamentais, incluindo um antigo primeiro-ministro, lhe tinham falado do incidente. O ex-ministro disse que não nomearia o antigo membro do Governo por ter medo de um processo por difamação.

A alegação de Ferry provocou uma chuva de críticas. A antiga ministra da Justiça Rachida Dati afirmou que se Ferry sabe de algo tem de revelar os factos, ou se arrisca a ser acusado de não reportar um crime. Já o ministro dos Negócios Estrangeiros, Alain Juppé, afirmou que Ferry devia ter “falado do caso com as autoridades judiciais” e “não com a imprensa”.

Pouco depois, o gabinete do Ministério Público confirmou que tinha sido aberto um inquérito preliminar e que iriam chamar Ferry. Uma agência marroquina de protecção de crianças também anunciou que iria pedir legalmente uma investigação a França, onde as autoridades podem investigar crimes sexuais cometidos no estrangeiro.

Este é o mais recente escândalo sexual a abalar a França desde a prisão, em Nova Iorque, do antigo líder do FMI Dominique Strauss-Kahn. Neste domingo, o secretário de Estado encarregado da Função Pública demitiu-se na sequência de alegações de assédio sexual por duas mulheres que já tinham trabalhado com ele.

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