Entrada de Isabel dos Santos na Zon teve “apoio unânime” da administração
“Este projecto não levanta dúvidas a ninguém, é um projecto certo de A a Z”, afirmou hoje Rodrigo Costa, num encontro com jornalistas, a propósito da entrada da empresa na televisão paga em Angola, em parceria com Isabel dos Santos. "Daí que qualquer accionista empenhado na empresa onde investiu o apoie", acrescentou.
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“Este projecto não levanta dúvidas a ninguém, é um projecto certo de A a Z”, afirmou hoje Rodrigo Costa, num encontro com jornalistas, a propósito da entrada da empresa na televisão paga em Angola, em parceria com Isabel dos Santos. "Daí que qualquer accionista empenhado na empresa onde investiu o apoie", acrescentou.
O gestor afirmou que a compra de dez por cento do capital da Zon pela empresária “solidifica e simplica” a estratégia para o mercado angolano e sublinhou que a entrada da Kento na Zon “não foi uma condição para [poder] investir em Angola, mas sim uma consequência do bom relacionamento entre as duas empresas ao longo de um trabalho de meses”.
“Foi a nossa perseverança e capacidade técnica que os levou a querer investir na nossa empresa”, frisou o gestor.
Rodrigo Costa explicou que os primeiros contactos entre as duas empresas ocorreram em Junho de 2008 - por intermédio de um banco de investimento, que o PÚBLICO sabe ter sido a Caixa BI, entidade que veio a ser responsável pela montagem da operação de venda de acções - e que durante muito tempo as conversas destinaram-se exclusivamente ao desenvolvimento da parceria para a televisão paga em Angola.
Esta empresa, que a Zon já quer ter operacional nos primeiros três meses de 2010, será detida em 30 por cento pela dona da TV Cabo e em 70 por cento pela SOCIP, controlada por Isabel dos Santos.
A Kento anunciou ontem que comprou dez por cento do capital da Zon, a 5,3 euros por acção, num total de mais de 163 milhões de euros, com um prémio de 26,4 por cento face à cotação da empresa de televisão e telecomunicações no fecho de sexta-feira.
A empresa angolana chegou a acordo com a CGD e a Cinveste, que venderam 2,5 e 2,97 por cento, respectivamente, das suas participações na empresa.
Já a Zon vendeu à empresa angolana acções próprias representativas de mais de 4 por cento do capital, num encaixe de 74 milhões de euros que servirá para reforçar os capitais próprios.