Professor de música acusado de pedofilia só prestará declarações no fim do julgamento

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O arguido é julgado no Tribunal de Gondomar por 19 crimes Hugo Calçada (arquivo)

As informações foram prestadas ao PÚBLICO pela advogada do arguido, Ana Cláudia Peixoto, ao fim da manhã, já que a audiência decorre à porta fechada devido ao envolvimento de menores.

O caso remonta aos anos lectivos de 2003/2004 e 2004/2005, altura em que o professor de música, hoje com 29 anos, terá abusado, aliciado e fotografado várias alunas com idades entre os 12 e os 16 anos.

O docente está acusado de dez crimes de abuso sexual de criança, seis crimes de fotografias ilícitas, dois crimes de acto sexual com adolescentes e um de actos exibicionistas. Durante aquele período, o professor trabalhou em três escolas públicas, primeiro em Ermesinde, depois em Guimarães e, por último, em Gondomar, onde, segundo o Ministério Público, terá fotografado os seios, os decotes e as pernas das suas alunas. Em conversas on-line que mantinha com as alunas, terá chegado a propor a três delas fazerem "strip-tease" que via através de "webcams", tendo em dois casos alegado que isso seria a contrapartida por respostas que teria adiantado nos testes. Numa das conversas, ter-se-á masturbado para as câmaras.

Uma outra aluna terá sido abordada por e-mail para que enviasse fotografias suas nuas, reconhecendo o professor que lhe mandava imagens dessas. A pretexto de dar a letra de uma música à rapariga de 15 anos, o arguido terá levado a menor para sua casa. Após várias recusas, o professor terá conseguido sentá-la na sua cama e ter relações sexuais com ela.

A acusação diz ainda que o docente levou para casa uma outra aluna de 15 anos e que tentou penetrá-la, o que não chegou a acontecer porque ela se queixou de dores.

A advogada do arguido garante que neste momento o docente não está a dar aulas.

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