Dito isto (que por si vale praticamente as duas estrelinhas), o filme de Gröning é bastante decepcionante. Ronda o mosteiro, espreita os monges, mas nunca abocanha nada, nunca se centra decididamente em coisa nenhuma, contentando-se com uma contemplação um tanto pasmada. E sendo um filme sobre um modo de vida austero, sem espaço para o acessório, acaba por ser um filme paradoxalmente "poluído" - os efeitozinhos (aqueles céus à Godfrey Reggio, por Deus!), os intertítulos, a tentação espectacular a martelo. Nem vale a pena comparar com o filme de Frederick Wiseman sobre monges ("Essene"), porque isto, em mais do que um sentido, é totalmente "anti-Wiseman".
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