O Tempo que Resta
Dito isto, Elia Suleiman fecha a sua trilogia condignamente: como em "Intervenção Divina", prefere o contexto alegórico à crónica pura e simples dos factos encadeados numa estrutura complexa de "flash-backs"; cumpre a função política de interrogar o tecido histórico, sem perder de vista a problematização de todos os episódios, desde o prólogo até às implicações mais ou menos catastróficas da "resistência passiva". O resultado é desarmante e poderá, inclusive, "atrasar" o efeito de adesão emocional que se pretende. Mas ninguém tem dúvidas quanto à sua eficácia estética.
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Dito isto, Elia Suleiman fecha a sua trilogia condignamente: como em "Intervenção Divina", prefere o contexto alegórico à crónica pura e simples dos factos encadeados numa estrutura complexa de "flash-backs"; cumpre a função política de interrogar o tecido histórico, sem perder de vista a problematização de todos os episódios, desde o prólogo até às implicações mais ou menos catastróficas da "resistência passiva". O resultado é desarmante e poderá, inclusive, "atrasar" o efeito de adesão emocional que se pretende. Mas ninguém tem dúvidas quanto à sua eficácia estética.