É daqueles casos em que o espectador não se pode impedir de exclamar para si mesmo que "o actor vai bem" - num empregado de uma loja de fotografias, solitário, sem vida própria, a não ser aquela que vive através das imagens nas fotografias dos outros. Tamanha normalidade vai deslizar, como é óbvio, e o pacato Robin transformar-se numa ameaça para uma família americana a que ele não pode pertencer (porque não é a dele, por mais que ele ficcione que é). O problema de "Câmara Indiscreta" é que tem Robin Williams, mas não tem mais nada. Ou seja, Tony Perkins, em "Psico", tinha Hitchcock por todos os lados. Por isso o final - uma presença humana, num espaço em branco -, para além de citar o filme de mestre Alfred também sintetiza o filme todo: um actor e vazio por todos os lados.
Gerir notificações
Estes são os autores e tópicos que escolheu seguir. Pode activar ou desactivar as notificações.
Gerir notificações
Receba notificações quando publicamos um texto deste autor ou sobre os temas deste artigo.
Estes são os autores e tópicos que escolheu seguir. Pode activar ou desactivar as notificações.
Notificações bloqueadas
Para permitir notificações, siga as instruções: