80% dos profisionais de saúde cumpriram regras de higiene das mãos em 2023

Em 2020, com a pandemia por covid-19, mais profissionais começaram a cumprir as regras de higiene das mãos, um procedimento importante para a prevenção de infecções.

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Mantém-se a percepção errada, pelos profissionais de saúde, que nas situações de uso de luvas na prestação de cuidados não é necessária a higiene das mãos Rui Gaudêncio
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A taxa de cumprimento das regras de higiene das mãos entre os profissionais das unidades de saúde atingiu os 80% em 2023, segundo a Direcção-geral de Saúde (DGS).

Esta percentagem é semelhante a 2022, mas representa uma tendência de aumento desde 2015 (73,1%) quando as autoridades de saúde portuguesas lançaram acções de sensibilização, refere uma nota da DGS, por ocasião do Dia Mundial da Higiene das Mãos, que se celebra este domingo, numa iniciativa integrada no Programa de Prevenção e Controlo de Infecções e de Resistência a Antimicrobianos (PPCIRA) da DGS.

"Em 2020, com a pandemia por covid-19, registou-se um aumento significativo do cumprimento da higiene das mãos (82,6%), reduzindo-se de forma pouco significativa entre 2021-2022", refere a DGS.

Por outro lado, "desde 2009 tem vindo a aumentar, significativamente, o número de unidades de saúde aderentes à monitorização da higiene das mãos", passando de 98 nessa data para 181 em 2023.

As autoridades reforçam a importância do cumprimento da higiene das mãos "antes do contacto com o doente, antes de procedimentos limpos ou ascéticos, após risco de exposição a fluidos biológicos, após contacto com o doente e após contacto com o ambiente do doente".

"Da análise dos dados verifica-se, também, que se mantém a percepção, pelos profissionais de saúde, que nas situações de uso de luvas na prestação de cuidados não é necessária a higiene das mãos", o que é um "procedimento incorrecto", que potencia a transmissão de microrganismos, alertam as autoridades.

As estimativas indicam que em 2050 a mortalidade por infecções associadas aos cuidados de saúde e relacionadas com a resistência aos antibióticos será igual à mortalidade por cancro.

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