A nova modalidade de remuneração diz respeito aos livros electrónicos no serviço Kindle Unlimited, em que os utilizadores podem comprar os livros que quiserem com uma assinatura de dez dólares mensais, e também no serviço de empréstimo que faz parte das regalias dos clientes Amazon Prime. Estes podem ler livros nos leitores Kindle durante um período limitado de tempo, sem terem de os comprar. Os dois serviços de assinatura não estão disponíveis em Portugal.

A empresa diz que a mudança está em linha com os pedidos dos próprios autores, que pediram que “o pagamento fosse alinhado com a extensão dos livros e com quanto os clientes leram”. Até aqui, a remuneração era feita com base no número de cópias adquiridas, quer estas fossem lidas ou não.

Os aparelhos e aplicações da Amazon já identificam a página em que o utilizador está. Esta tecnologia permite, por exemplo, ler num telemóvel e retomar no Kindle a leitura no ponto em que foi deixada. No entanto, para a nova forma de pagamento, a Amazon teve de desenvolver um sistema de contagem de páginas que funcionasse para todos os livros, independentemente de factores como o tamanho de letra e o espaçamento de linhas que cada utilizador esteja a usar.

O montante a pagar é calculado com base no fundo disponível para pagar aos autores (que depende do número de clientes) e na percentagem de páginas de cada autor face ao total de páginas lidas por todos os leitores em cada mês.